Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas. Seu manejo inclui insulinoterapia, educação em saúde e monitoramento regular da glicemia. Tecnologias como os sistemas de monitoramento contínuo de glicose (GCMs) são revolucionários no tratamento devido à sua eficácia para a automonitorização. Apesar dos benefícios, como a melhora no controle glicêmico, os GCMs têm limitações, como alto custo e possíveis leituras imprecisas. Ainda assim, sua importância deve ser destacada por possibilitar pela enfermagem a assistência integral às pessoas com DM1. Objetivo: Mapear os impactos da monitorização contínua da glicose na vida de pessoas com DM1. Método: Estudo de revisão integrativa com busca nas bases de dados: PubMed, Scopus, Web of Science, Scielo e Lilacs. Foram utilizados os descritores, “Blood Glucose Self-Monitoring”, “Diabetes Mellitus type 1” e “Quality of life”, com o operador booleano “AND”. Foram considerados artigos publicados nos últimos 5 anos em português, inglês e espanhol, focados no uso de GCMs por diabéticos tipo 1. A busca ocorreu entre maio e junho de 2024, e os artigos selecionados foram analisados qualitativamente. Resultados/Discussão: A busca inicial identificou 755 registros. Após aplicação dos critérios de inclusão foram selecionados 10 estudos, sendo 2 indexados na Scopus, 5 na PubMed, 1 na Scielo e 2 na Web of Science. O ano de publicação variou de 2019 a 2024. As pesquisas foram desenvolvidas na Suíça, África do Sul, Brasil e Espanha. A amostra variou de 7 a 210 pacientes com idade entre 2 e 75 anos. Foi observado que a utilização dos GCMs possibilita maior adesão e satisfação com o tratamento, melhora na qualidade de vida e diminui o risco de complicações. Estudos mostraram discordância em relação à alteração dos níveis de hemoglobina glicada. A educação em saúde e treinamento adequado são essenciais para alcançar os resultados almejados com os GCMs, embora não extinga a sobrecarga psicossocial e preocupação de pais de crianças e o medo dos quadros de hipoglicemia. Considerações finais: As evidências apontam que a utilização dos CGMs contribuem com a adesão ao tratamento, aumento da capacidade de autocuidado e melhorias na qualidade de vida, além da necessidade de mais estudos sobre seu impacto na hemoglobina glicada. Ademais, com a utilização dessa tecnologia, a assistência de enfermagem também é facilitada.