INTRODUÇÃO:Na Doença Falciforme (DF), uma mutação genética substitui a adenina por timina no sexto códon da beta globina. As complicações da DF incluem a vaso-oclusão, que se manifesta através de crises recorrentes de dor, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico, priapismo etc. Diante das adversidades enfrentadas pelas crianças com a doença falciforme e sua possível influência na qualidade de vida, é essencial explorar as perspectivas sociais que elas enfrentarão ao longo de suas vidas. O objetivo é investigar os impactos das crises álgicas na qualidade de vida de crianças com doença falciforme.MÉTODO:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, no qual foi realizada no mês de março a junho de 2024. Inicialmente foram encontrados 129 estudos nas bases de dados, sendo na BVS (79) e na PUBMED (50). Os critérios de inclusão foram: artigos publicados na íntegra, e de acesso gratuito, dentro do período de cinco anos (2019 - 2024). Os critérios de exclusão foram: publicações que não estavam diretamente relacionadas com a temática proposta, artigos duplicados e estudos na forma de teses dissertativas, além de artigos de revisão. Foram removidos 120 de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, resultando um total de 09 publicações para compor o corpus do trabalho.RESULTADOS:Contemplam-se na amostra 09 artigos, caracterizados, segundo número de ordem das publicações, título, autor/ano/base de dado, objetivo, método e os principais resultados. Destaca-se que todos os artigos estão na língua inglesa e as publicações estão igualmente distribuídas entre os anos de 2020 a 2024.DISCUSSÃO: A pesquisa destacou uma redução significativa na qualidade de vida de crianças com doença falciforme, nos aspectos sociais, escolares, emocionais e físicos. Crianças que sofrem de dor crônica enfrentam altos índices de ausência escolar, o que prejudica seu desenvolvimento educacional, especialmente entre aqueles de baixa renda. Além disso, a dor causa impacto nos aspectos socioemocionais, uma vez que favorece para interrupções nas atividades diárias, implicações psicológicas, hospitalizações frequentes e estigma social. Este estudo contribui para a emergência de intervenções que melhorem o manejo da dor física, além de promover um suporte psicossocial e escolar adequado.CONSIDERAÇÕES FINAIS:Portanto, crises álgicas intensas afetam as atividades diárias das crianças, impactando sua vida de maneira abrangente e reduzindo, assim, sua qualidade de vida e de suas famílias.