Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença que pode gerar muitas sequelas ao paciente. Assim, a qualidade de vida dessas pessoas pode ser alterada após o episódio, possibilitando o desenvolvimento de depressão e de ansiedade. Por isso, é essencial investigar quais os fatores que contribuem para a incidência desses transtornos, para que profissionais de saúde consigam atuar melhorando a vida desses indivíduos. Objetivo: Analisar as evidências científicas sobre os fatores que contribuem para depressão e ansiedade em pacientes pós AVC. Método: Trata-se de uma revisão de literatura, baseada em artigos das bases de dados MEDLINE e Science Direct. Os critérios de elegibilidade foram os seguintes: correspondência aos termos “stroke“, “depression” e “anxiety”, mediados pelo operador booleano and; publicação em língua inglesa e espanhola; disponibilidade de texto completo; ano de publicação no período de 2016 a 2024. Foram selecionados 12 artigos para o estudo. Resultados/discussão: Os estudos evidenciaram que a ansiedade e a depressão são condições de adoecimento frequente em pacientes acometidos por AVC. Ambos os distúrbios são influenciados, em parte, pelas mudanças estruturais ocorridas em regiões do cérebro responsáveis pela experiência e regulação emocional. Concomitante, o sobrevivente de AVC também sofre devido às sequelas, pois podem interferir nas funções pessoais e perda de papeis. Tais fatores atuam negativamente sobre o indivíduo, podendo ocasionar perda de autoestima, desamparo, sentimentos negativos, pensamento ansioso e desesperança. Outro fator que interfere é a história pregressa de ansiedade e de depressão, também colabora na incidência das doenças pós AVC e na acentuação dos sintomas. Por fim, esses distúrbios aumentam o risco de piores resultados funcionais, diminuindo a atividade do paciente, sua participação no processo de reabilitação e alterando a qualidade de vida. Considerações finais: Conclui-se que as sequelas e a localização cerebral de ocorrência da doença são os principais fatores que podem desencadear ansiedade e depressão nos pacientes, por alterarem a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos. Logo, é essencial que profissionais da saúde, como os enfermeiros, atuem ativamente na investigação de sinais e sintomas neuropsiquiátricos, para que, cedo, seja feito o manejo correto com medicamentos e/ou psicoterapia, melhorando, dessa maneira, a saúde mental e física do sobrevivente de AVC.