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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
ENFERMEIRO DE VOO NO TRANSPORTE AEROMÉDICO DE CRIANÇA DIAGNOSTICADA COM TETRALOGIA DE FALLOT
Relatoria:
Márcio Soares de almeida
Autores:
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Estudo de caso
Resumo:
Introdução: O transporte aeromédico requer do enfermeiro de voo saber científico e expertise em fisiologia de voo. O paciente diagnosticado com Tetralogia de Fallot torna o transporte aeromédico ainda mais desafiador, tendo em vista ser uma cardiopatia congênita cianótica, manifestando-se através de hipoxemia progressiva. Objetivo: descrever um relato de caso de uma criança diagnosticada com Tetralogia de Fallot submetida ao transporte aeromédico. Método: Relado de caso, descreve um transporte aeromédico em aeronave de asa fixa, numa empresa privada prestadora de serviços de saúde ao SUS, no estado da Bahia, Brasil. O transporte inter-hopitalar ocorreu no mês de abril, 2023, como última alternativa célere à possibilidade de realização de cirurgia cardíaca em centro de referência. Resultados: Criança, sexo feminino, 05 anos, apresentava dispneia progressiva, cianose central e de extremidades. Necessitou suporte ventilatório invasivo e incremento de drogas vasoativas. Ecocardiograma mostrou hipertrofia ventricular direita importante; alterações de aorta no septo interventricular; estenose valvar-pulmonar severa e estenose de ramos pulmonares. Dados vitais: FC 127 bpm; FR 36ipm; PA 100x60mmHg; T 35,3C. Em VM, MODO: PCV; SpO2 61%; PEEP: 7cmH2O. Usava Norepinefrina, Cetamina, Morfina e Metoprolol, em bombas de infusão contínua. O conhecimento em fisiologia de voo é primordial, visto os efeitos deletérios causados pela hipoxia de altitude. O enfermeiro é o profissional responsável pela organização das três fases do voo, sendo elas: o pré voo, o transporte e pós-voo. O transporte foi previamente discutido com as equipes assistenciais dos hospitais de origem e destino, visando assertividade nas condutas, conferência de materiais, insumos e aparato tecnológico. O conhecimento técnico e científico foi fundamental a fim de evitar intercorrência e instabilidade hemodinâmica, devido ao alto risco de óbito. O controle da FC, além da analgesia e sedação em doses ideias, foram essenciais para mitigar aumento da demanda de oxigênio. Os cuidados de enfermagem realizados de forma contínua, a comunicação efetiva com o profissional médico e tripulação tornaram o transporte seguro. Considerações finais: O presente caso descreveu o transporte aeromédico de uma criança de 05 anos diagnosticada com Tetralogia de Fallot, os desafios da assistência em ambiente hipobárico, e ressaltou a importância do saber técnico e científico dos profissionais envolvidos.