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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS GESTACIONAL: EPIDEMIOLOGIA, PERDA DE SEGUIMENTO E ESTIGMA
Relatoria:
Waldemar Carneiro dos Santos
Autores:
  • Marcelle Silva Tavares da Nóbrega
  • Nathalia Rayssa Barbosa dos Santos
  • Sofia Soares Araujo
  • Larissa Lages Ferrer de Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os enfermeiros e as equipes de saúde enfrentam desafios para o tratamento e controle da sífilis na gravidez, no qual colaboram para os dados alarmantes pertinentes à saúde pública do Brasil. A sífilis na gestação permanece sendo um grave problema no sistema de saúde, com aumento no número de casos em 2022 de 15,5% em relação ao ano anterior. Objetivo: Identificar os desafios enfrentados pelos enfermeiros no diagnóstico de sífilis durante a gestação. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, estudo exploratório e descritivo. A busca dos estudos foi realizada por meio das bases científicas LILACS, SciELO e BDENF. Optou-se por usar três descritores: Sífilis, Enfermagem e Recusa do Paciente ao Tratamento. Utilizou-se artigos, manual, publicações do Ministério da Saúde, portaria e boletim epidemiológico com recorte temporal de 2013 a 2023, resultando em uma amostra de 7 artigos em inglês e português que estavam disponíveis gratuitamente por meio eletrônico. Os dados foram analisados por estatísticas descritivas, fundamentados em evidências científicas. Resultados/discussão: A Portaria nº 77, de 12 de janeiro de 2012, assegura o acesso ao teste rápido em unidades de Atenção Básica de Saúde, visando o diagnóstico precoce de sífilis durante a gestação e redução da transmissão vertical. Todavia, a desinformação ainda prevalece, contribuindo para o baixo rastreamento e aumento das taxas de sífilis congênita. A inadequação do pré-natal, diagnóstico e tratamento eficazes contra a Treponema pallidum resulta em transmissão vertical, deficiências congênitas e mortalidade fetal, apesar das tecnologias modernas de conscientização. A desigualdade social, especialmente nas classes baixas, agrava a negligência e a prevenção da sífilis, aumentando os riscos para gestantes. O estigma e a formalidade do tratamento exacerbam as sequelas da saúde pública. Além disso, há aspectos preocupantes quanto aos profissionais de saúde, pois enfermeiros, fundamentais para o rastreamento, demonstram insegurança em 55,9% dos casos, dificultando a realização do tratamento. Considerações finais: A análise revela a importância do enfermeiro no cuidado das gestantes, destacando a necessidade de fortalecer políticas de saúde e capacitar profissionais para superar obstáculos como falta de capacitação, acesso limitado a testes e estigma da medicação, melhorando os resultados para o binômio.