INTRODUÇÃO: Atualmente, a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública globais. No Brasil, cerca de 55% da população adulta se encaixa neste perfil. Em consequência, as doenças cardiovasculares estão cada vez mais prevalentes, aumentando também as pesquisas para tratamentos farmacológicos. A Dapagliflozina, utilizada para insuficiência cardíaca, foi incorporada ao programa da Farmácia Popular em 2022. Já a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do uso da injeção de Semaglutida para o tratamento de sobrepeso e obesidade veio em janeiro de 2023. OBJETIVO: Identificar os impactos do uso off-label da Dapagliflozina e da Semaglutida no tratamento de insuficiência cardíaca e obesidade, destacando a eficácia e possíveis riscos. MÉTODO: Trata-se de um estudo exploratório de revisão da literatura, realizada por meio de consulta informatizada no banco de dados bibliográficos do Google Acadêmico e da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram selecionados 8 artigos de interesse. RESULTADOS e DISCUSSÃO: A Semaglutida atua no GLP-1, regulador fisiológico do apetite e ingestão de calorias. Esta apresenta resultados já nas duas primeiras semanas de tratamento, auxiliando no controle glicêmico e perda de peso. Em contraposto, os fatores de risco estão associados aos possíveis efeitos a longo prazo, sendo eles: distúrbios do trato gastrointestinal, cefaleia, nasofaringite, hipoglicemia, risco de pancreatite e potencial aumento da frequência cardíaca. A Dapagliflozina atua no SGLT2, responsável pela reabsorção da glicose no rim, melhorando o controle do diabetes mellitus tipo 2. Este atua beneficamente na função renal e cardíaca, sendo indicado para prevenção de agravo da insuficiência cardíaca ou morte cardiovascular. Seus eventos adversos mais comuns são infecções genitais e do trato urinário, desidratação, hipotensão ortostática e insuficiência renal aguda. CONSIDERAÇÕES: Os mecanismos de ação dos hipoglicemiantes no tratamento da insuficiência cardíaca e obesidade oferecem perspectivas promissoras, porém seu uso off-label enfrenta desafios significativos em termos de segurança e eficácia. É imperativo continuar investigando e monitorando rigorosamente esses usos, avaliando os riscos e benefícios envolvidos, para otimizar a gestão clínica dessas condições complexas.