Introdução: O perfil epidemiológico de uma população é direcionador das práticas de promoção da saúde e prevenção de agravos específicos. O período gestacional é um momento de grandes transformações para a mulher, parceiro e família, sendo um fenômeno fisiológico com evolução, na maior parte dos casos, sem intercorrências. Portanto, conhecer o perfil epidemiológico das gestantes pode ser crucial para aumentar a eficácia das ações promotivas e preventivas. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de gestantes acompanhadas em uma unidade básica de saúde do Sertão Cearense em 2023. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental, descritiva, quantitativa, realizada nos meses de fevereiro a maio de 2024, com avaliação das fichas perinatais de gestantes acompanhadas em uma unidade básica de saúde do município de Quixeramobim, Ceará, Brasil. Os dados foram coletados via formulário autoral contendo as seguintes variáveis faixa etária, escolaridade, profissão, estado civil, estrutura familiar, raça, gravidez planejada ou não, índice de massa corporal, número de gestações, desfecho parto. A coleta foi realizada de forma distinta e pareada, as informações foram revisadas por um terceiro digitador e sistematizadas no programa Excell versão 2010, analisadas pela estatística descritiva e apresentadas em números absolutos e relativos com discussão embasa na literatura atual referente a temática. Resultados: Das 65 fichas avaliadas houve prevalência de 51% gestantes na faixa etária 20-29 anos, ressaltando a gravidez na adolescência com 18% de gestantes entre 15-19 anos; 57% com ensino médio completo; 28% com profissões regidas pela Consolidação das Leis de Trabalho; 46% convivem com companheiro sem filhos; 41% solteiras; 46% se consideraram brancas; 71% com gravidez não planejada; 43% eutróficas; 52% em sua primeira gestação; 74% dos partos foram a termo. Considerações Finais: Conclui-se que a análise do perfil de gestantes de uma unidade básica de saúde é importante para o direcionamento das práticas de trabalho pautadas, principalmente, no planejamento familiar, tendo em vista o percentil de gestantes com gravidez não planejada, bem como o destaque para as intervenções de promoção da saúde direcionadas a redução da gravidez na adolescência.