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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
MITO E REALIDADE: DESCONSTRUINDO O ESTEREÓTIPO SOBRE HIV E HOMOSSEXUALIDADE
Relatoria:
Sávio Henric Lopes dos Santos
Autores:
  • Jailson Alberto Rodrigues
  • Eva Líria Leal Lima
  • Erik Carreiro Soares
  • Maria Eduarda Silva Matos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Historicamente, a infecção por HIV é associada a pessoas com comportamentos homossexuais, tornando a homossexualidade um sinônimo da doença, entretanto, na última década o HIV apresentou mudanças continuas no seu perfil epidemiológico. Essa associação surgiu devido a disseminação inicial do vírus nos anos 80 entre homens que faziam sexo com homem nos Estados Unidos. O estigma e preconceito da infecção pelo HIV às pessoas homossexuais gera consequências devastadoras, aumentando a discriminação e dificultando o acesso aos cuidados de saúde. OBJETIVO: Demonstrar a mudança no perfil epidemiológico do HIV, entre heterossexuais em comparação com homossexuais no contexto brasileiro recente. MÉTODO: Refere-se a uma análise epidemiológica, de caráter retrospectivo e quantitativo, relacionado em dados secundários, extraídos Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – DATHI. Foi realizado levantamento dos casos notificados de HIV no Brasil no período de 2012 a 2022, as variáveis selecionadas foram: sexo e sexualidade (heterossexual e homossexual). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (frequência absoluta e relativa). RESULTADOS/DISCUSSÃO: O Brasil apresentou um total de 198 968 casos de aids notificados durante o período citado, sendo 2013, o ano que teve destaque com 12,23% (n=24 324) do total. Em relação às variáveis, 65,96% (n=131 245) eram do sexo masculino e 34,04% (n=67 723) do feminino. Já em relação à sexualidade 69,72% (n=138 721) se identificavam como heterossexuais e os outros 30,28% (n=60 247) como homossexuais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir dos dados, observa-se que a população masculina é a mais atingida e que houve o processo de “Heterossexualização” da infecção por HIV, contrariando o estigma criado pela sociedade de que o vírus acomete mais pessoas homossexuais. Dessa forma, é de suma importância conhecer sobre a mudança de perfil desta patologia, tanto para reduzir o preconceito existente, como para conscientizar sobre a necessidade de manter meios de prevenção, independente do gênero com que se relaciona. Ademais, cabe às autoridades desenvolver políticas públicas para facilitar o acesso dessas pessoas ao tratamento adequado e de qualidade.