INTRODUÇÃO: A transição para o ensino superior pode ser encarada de forma negativa pelos discentes da área da saúde, os quais podem desenvolver transtornos mentais como estresse, depressão e ansiedade, afetando diretamente na área acadêmica. Entre as fontes desse problema está a necessidade de atender aos requisitos universitários, restrições financeiras, necessidade de absorção de conteúdo em pouco tempo, distância para a instituição, e a falta da administração de tempo para o lazer. OBJETIVO: Descrever os impactos do estresse, ansiedade e depressão na saúde mental de estudantes de enfermagem. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no mês de Junho de 2024, nas bases de dados LILACS e BDENF utilizando o algoritmo de pesquisa “Estudantes de enfermagem” e “depressão”, agrupados pelo operador booleano “AND”. Os critérios de elegibilidade são: estudos observacionais, de prevalência, fatores de risco e estudo diagnóstico; com seleção dos assuntos principais: estudantes de enfermagem, ansiedade, depressão e saúde mental; em português, dos últimos 5 anos. Na busca inicial foram encontrados 449 artigos, dos quais restaram 10 com a aplicação dos filtros: idioma, ano de publicação, assunto principal e tipo de estudo. Após a leitura dos resumos foram selecionados 4 artigos alusivos ao tema proposto. Buscou-se responder a seguinte questão de pesquisa: “qual o impacto do estresse, da ansiedade e da depressão na saúde mental de estudantes de enfermagem?". RESULTADOS/DISCUSSÃO: Os estudos revelam que estudantes da área da saúde têm níveis mais altos de estresse, ansiedade e depressão, pois há a autocobrança de um bom desempenho acadêmico, dentre aulas práticas e a realização de plantões obrigatórios nos estágios. Os transtornos estão relacionados a não ter fonte de renda, não participar de atividades extracurriculares, distância para a universidade, e o fato de que os erros comprometem a saúde das pessoas. Além disso, foi identificado que o baixo nível socioeconômico pode comprometer habilidades de autocuidado e de resiliência, aumentando o risco de evasão acadêmica. CONCLUSÃO: Concluiu-se que há a necessidade da identificação precoce dos sintomas de estresse, ansiedade e depressão, alinhados a um projeto político-pedagógico, ampliando as redes de suporte social para melhorar os níveis de resiliência nos estudantes, sendo focadas no autoconhecimento e autoeficácia, relevando as especificidades de cada população.