Introdução: O processo de internação hospitalar gera medos, inseguranças e angústias acentuadas devido o não saber vivenciado pelos pacientes em relação ao seu processo de saúde-doença. Neste contexto o enfermeiro responsável pela elaboração do processo de enfermagem, durante a internação hospitalar, também precisa desenvolver condutas com foco na humanização da assistência, atentando-se às necessidades individuais dos pacientes e seu papel enquanto educador em saúde, contrapondo-se à sobrecarga laboral que impacta negativamente no atendimento à atenção cardiovascular, dentro de um pronto socorro de grande demanda e alta rotatividade de pacientes, déficit de profissionais e solicitações constantes da equipe médica e de enfermagem, além da carga do serviço em quantidade e complexidade crescente. Assim sendo, buscar alternativas para superar estes desafios é fundamental, elenca-se reflexões sobre a importância da manutenção do enfermeiro como educador em saúde e a necessidade de evolução e implantação de estratégias de educação que beneficiem pacientes e enfermeiros em sua dinâmica de trabalho em atenção à emergências e urgências. Objetivo: Descrever e despertar reflexões sobre a necessidade de uma estratégia de educação que beneficie tanto os pacientes no contexto cardiovascular quanto os enfermeiros com sobrecarga de trabalho em um pronto socorro com alta demanda de internações diárias. Método: Relato de experiência abordando processo de educação em saúde durante a elaboração do processo de enfermagem, no contexto de internação de pacientes em um pronto socorro cardiovascular, adaptando-se o roteiro de Mussi, Flores & Almeida, de modo descritivo desenvolve-se uma crítica sobre a realidade despertando possíveis soluções à problemática. Discussão: Tecnologias educativas podem facilitar o papel de educador de enfermeiros e a aderência ao tratamento de pacientes pelo potencial deste modo de ensinar-aprender descritos na literatura, no que tange o tempo, flexibilidade e melhoria do processo de ensino-aprendizagem em ambas as vias. Conclusões: Tecnologias da educação podem ser incorporadas na educação em saúde cardiovascular em um pronto socorro, em benefício dos pacientes e enfermeiros. Propõem-se mais estudos práticos acerca dos benefícios da implantação das tecnologias educacionais sobre diminuição da sobrecarga de trabalho dos enfermeiros e melhorias ao tratamento e acolhimento dos pacientes na atenção cardiovascular em serviços de urgência e emergência.