Introdução: O parto é um evento de profunda significância na vida de uma mulher e seu acompanhamento deve ser cuidadosamente individualizado, de forma a garantir uma experiência positiva, segura e humanizada. A aplicação dos métodos não farmacológicos no manejo da dor durante o trabalho de parto é especialmente relevante nesse contexto, pois busca proporcionar alívio da dor, relaxamento e conforto, sem os riscos de efeitos colaterais associados às intervenções farmacológicas. Objetivo: Identificar a proporção de gestantes que fez uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto em um centro obstétrico de um hospital no sul do Brasil. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo com delineamento transversal e retrospectivo, realizado entre abril e dezembro de 2023, com informações extraídas de um banco de dados chamado “Sistema de Monitoramento do Cuidado Obstétrico e Neonatal” (SMCON), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira (IFF), abrangendo o cuidado perinatal em maternidades brasileiras que registram, voluntariamente, dados oriundos do cuidado habitual, com a finalidade de monitoramento de seu desempenho. As variáveis analisadas se referem ao Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr e incluíram informações do perfil socioeconômico das gestantes e dos métodos não farmacológicos para o alívio da dor. Resultados: Entre abril e dezembro de 2023 foram registrados 410 atendimentos de gestantes elegíveis para o estudo. A idade das gestantes variou de 14 a 46 anos, sendo que 87,7% tinham idade >= 20 e <= 45 anos; 66,0% eram brancas; 98,3% viviam com companheiro(a); 43,2% tinham entre 9 e 11 anos de estudo e 94% eram residentes no município de Rio Grande – RS. Do total de 410 gestantes atendidas que estavam em trabalho de parto, 303 aceitaram receber a aplicação dos métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto e 107, não aceitaram. Consideração Finais: Existem diversos métodos não farmacológicos eficazes, de baixo custo e seguros para proporcionar alívio da dor durante o trabalho de parto. Esses métodos possibilitam o protagonismo feminino e promovem uma experiência de parto mais positiva e satisfatória. O enfermeiro possui papel fundamental na propagação e implementação dessas práticas, assegurando que toda gestante tenha apoio e informação necessários para viver este momento de forma segura e transformadora.