Introdução: A prática de cuidados paliativos visa proporcionar qualidade de vida em pacientes com doenças graves e terminais, com enfoque no alívio de sintomas e suporte emocional. Nesse contexto, a tomada de decisão é frequentemente complexa e envolve considerações éticas significativas. Questionamentos sobre o respeito à autonomia do paciente, manejo de conflitos entre familiares e equipe médica, e a determinação do melhor interesse do paciente são centrais nesse processo e surgem a todo momento. Esse estudo explora a importância da ética na tomada de decisões em pacientes em cuidados paliativos. Objetivos: Analisar o papel da ética na tomada de decisão em cuidados paliativos, destacando os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde e a importância de princípios éticos para garantir um cuidado de qualidade. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica com análise de artigos científicos, diretrizes de saúde pública e estudos de caso sobre ética em cuidados paliativos. As fontes foram selecionadas nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, abrangendo publicações dos últimos oito anos. Resultados: Foi possível identificar que a aplicação de princípios éticos, como autonomia, beneficência, não maleficência e justiça, é fundamental para a tomada de decisão em cuidados paliativos. Respeitar a autonomia do paciente envolve a comunicação clara e a inclusão do paciente nas decisões sobre seu tratamento. A beneficência e a não maleficência exigem um equilíbrio entre o alívio do sofrimento e evitando intervenções que possam causar danos. A justiça requer a equidade no acesso aos cuidados paliativos. A análise também mostrou que os dilemas éticos mais comuns incluem decisões sobre a interrupção de tratamentos, manejo de conflitos familiares e comunicação de más notícias. Considerações finais: A ética desempenha um papel crucial na tomada de decisão em cuidados paliativos, proporcionando uma estrutura para enfrentar os dilemas complexos e garantir que o cuidado oferecido seja respeitoso e centrado no paciente. A formação ética contínua para os profissionais de saúde é essencial para melhorar a prática e a qualidade dos cuidados paliativos. Promover discussões éticas e o suporte de comitês de ética pode ajudar a resolver conflitos e a orientar decisões difíceis, assegurando um cuidado que respeite a dignidade e a vontade do paciente.