Introdução: O parto é uma experiência significativa na vida da mulher, marcada por transformações físicas, hormonais e emocionais (Coutinho de Araújo, 2023). Embora o parto vaginal seja considerado o método mais seguro, a crescente taxa de cesarianas levanta preocupações, especialmente no Brasil, onde as taxas estão entre as mais altas do mundo (Rodrigues, 2021). Essa tendência, que se configura como um problema de saúde pública. Dessa forma, é crucial compreender os fatores que influenciam essa decisão para promover uma assistência ao parto mais humanizada e baseada em evidências. Objetivo: Este estudo visa compreender os fatores pelos quais as mulheres optaram pelo parto cirúrgico no Brasil. Método: Realizou-se uma busca sistemática por meio das bases de dados: PubMed, SciELO, Embase, Lilacs. As buscas foram geradas utilizando o operador booleano AND e as palavras-chaves: Vias de Parto. Parto Cesáreo. Parto Normal. Pré-natal. Foram selecionados artigos publicados em uma recorte temporal de 5 anos, entre 2019 e 2024, que abordassem a temática em questão. Resultados/Discussão: Diversos fatores emergiram como influentes na preferência pela cesariana. O medo da dor e a percepção de uma menor violência obstétrica associada ao parto cirúrgico foram motivadores significativos. Além disso, o discurso de familiares e terceiros sobre suas próprias experiências de parturição desempenhou um papel importante na formação da escolha da mulher. As informações recebidas durante o pré-natal também influenciaram a preferência, destacando a necessidade de uma abordagem mais equilibrada na educação pré-natal. Além disso, fatores socioeconômicos, como acesso a planos de saúde e qualidade da assistência médica, foram identificados como determinantes na decisão pelo tipo de parto. Considerações finais: Assim, portanto, é notório que a alta taxa de cesarianas no Brasil é um reflexo de diversos fatores interligados, que vão desde o medo da dor e a violência obstétrica até a influência de terceiros. É fundamental que sejam implementadas medidas para promover o parto normal como uma opção segura e desejável para as mulheres, através da educação em saúde, do combate à violência obstétrica e da garantia de acesso à informação de qualidade para todas as mulheres, contribuindo para uma assistência ao parto mais centrada na mulher e baseada em evidências.