INTRODUÇÃO: A hanseníase, embora tenha sido eliminada como problema de saúde global, no Brasil notificam mais de 10.000 novos casos anualmente. É o segundo país no mundo em maior número absoluto de casos novos registrados, perdendo apenas para a Índia, e liderando os países endêmicos das Américas quanto à prevalência e detecção de casos novos .No cenário epidemiológico, em 2018 o país apresentou coeficiente de detecção de 12,2 casos por 100 mil habitantes, o qual indica alta endemicidade da doença. OBJETIVO: Analisar a distribuição espacial dos casos de incapacidades físicas por hanseníase no município de Ananindeua/PA e sua relação com serviço de saúde notificador. METODO: Estudo ecológico, retrospectivo de abordagem quantitativa. Utilizaram-se dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, fornecidos pela Secretaria de Saúde do Município de Ananindeua. A amostra foi composta por 333 pacientes que foram avaliados quanto ao grau de incapacidade física por hanseníase, no período de 2013 a 2017. Foram utilizados o Índice de Moran Local (LISA). RESULTADO: A distribuição espacial da hanseníase foi apenas com o LISA revelou autocorrelação espacial positiva. Foram obtidas 378 notificações do SINAN. Destas notificações foram excluídos 45 casos: três casos duplicados, três incompletos, três ignorados, dois não residentes em Ananindeua e 34 com ausência de endereço. Assim, foram elegíveis para o estudo 333 notificações. CONCLUSÃO: A hanseníase é um problema de saúde pública em Ananindeua. O cenário epidemiológico encontrado demonstrou uma constante mudança na distribuição espacial dos casos de GIF por bairro. Foram identificadas áreas de maior concentração e risco para transmissão da doença, embora com maior número de unidades de saúde notificadas.