Introdução: O transplante renal é a modalidade de tratamento da Doença Renal Crônica que permite uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Quando estes são informados da perda da função do enxerto renal, são expostos a labilidade emocional, além de modificações na sua saúde e hábitos sociais, ocorrendo uma diminuição de sua qualidade de vida. Objetivos: Identificar o impacto da perda da função do enxerto renal na vida do paciente que precisará retornar a terapia dialítica e descrever a relação entre o retorno do paciente com falência de enxerto renal, a terapia dialítica e os reflexos na sua qualidade de vida. Método: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, utilizando a Pesquisa Convergente – Assistencial, seguindo todas as fases propostas pelo método, como a concepção, instrumentação, perscrutação e análise. Foram 8 participantes da nefrologia que após o transplante renal retornaram para terapia dialítica. 02 iniciaram diálise peritoneal como terapia dialítica após a perda do enxerto, enquanto 06, optaram pela hemodiálise. Resultados: As percepções dos participantes sobre o processo de perda do enxerto foram relatadas como negação, tristeza e frustração. Além de descreverem a dificuldade da transição e aceitação de uma nova condição, trazendo à tona o impacto que o retorno à terapia dialítica acarreta para o cotidiano. Conhecer o impacto que este retorno à diálise após a falência do enxerto renal traz para vida desses pacientes, pode auxiliar a compreensão do processo de aceitação e adesão à terapia e suas implicações, além de orientar as ações dos profissionais da equipe de saúde, assim como é importante entender as repercussões na qualidade de vida dos mesmos para que os profissionais da equipe de saúde sejam capazes de planejar ações e traçar metas do tratamento. Conclusão: A diálise é necessária para os pacientes, sendo assim, foi visto uma tendência a normalização e aceitação do tratamento após o impacto inicial do retorno ao mesmo. A compreensão das repercussões na qualidade de vida relacionadas ao retorno à terapia dialítica, salienta a dependência e a obrigatoriedade do tratamento, que diminuem a disponibilidade e a motivação para retornar às atividades antes desenvolvidas pelos pacientes, associadas a alterações físicas e subjetivas acarretadas pelo tratamento que afeta a sua qualidade de vida.