INTRODUÇÃO: No sistema prisional, inúmeras dificuldades impossibilitam a Pessoa Privada de Liberdade (PPL) exercer seus direitos, entre os quais os relacionados à assistência à saúde. Nesse contexto, nota-se a importância da educação em saúde para a PPL, visto que, trata-se de um dispositivo voltado à promoção da saúde em diversas áreas e contextos sociais, com o intuito de evitar ou retardar a presença de agravos a saúde dessa população. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem sobre a prática de educação em saúde para PPL. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência. A experiência envolveu acadêmicos do oitavo período do curso de Enfermagem Bacharelado de uma instituição de ensino superior pública localizada em um município no interior do Maranhão. Realizou-se uma palestra em uma Unidade Prisional de Ressocialização (UPR), desenvolvida com o intuito de promover educação em saúde sobre doenças que acometem a integridade da pele, ministrada para as PPL, com temática: Afecções Dermatológicas. A ação ocorreu em maio de 2024, utilizando como instrumentos educacionais a comunicação verbal e a exposição de slide. RESULTADOS: A experiência permitiu evidenciar a relevância de ações educativas na UPR, pois durante a explanação do conteúdo informativo ficou evidente para os acadêmicos que grande parte dos internos não tinham conhecimento sobre como ações simples de autocuidado podem ser essenciais para o tratamento e prevenção de doenças dermatológicas. Outrossim, o desenvolvimento da ação contribuiu de forma significativa para os discentes, tendo em vista, que a temática é pertinente para o ambiente prisional, em virtude do acometimento de inúmeras patologias dermatológicas em UPR. Além disso, os acadêmicos também puderam desenvolver educação em saúde, o que colabora com o processo de formação no meio acadêmico, social e profissional desses futuros enfermeiros, gerando experiências e aprendizado ao imergir em diferentes ambientes e públicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desta forma, as atividades práticas contribuíram para uma melhor compreensão dos internos sobre os cuidados e prevenções de afecções dermatológicas. Além disso, faz-se necessário o incentivo à oferta de ações acerca da promoção de saúde dentro do contexto de ressocialização com maior participação dos profissionais e acadêmicos de saúde na disseminação de conhecimentos para essas populações em condições de vulnerabilidade.