Introdução: A COVID-19 mostrou-se mais fatal em indivíduos considerados vulneráveis, como os idosos. No Brasil, em 2020, essa doença foi a causa de 53% das mortes entre pessoas com mais de 60 anos. No Brasil, diversos elementos impactam a visão de idosos em relação à vacinação, incluindo a propagação veloz de notícias falsas, sobretudo nas redes sociais. Essas informações questionaram a confiabilidade das autoridades de saúde, bem como a eficácia e segurança das vacinas contra a Covid-19. Objetivos: Este estudo tem como objetivo relatar a experiência de uma Equipe de Saúde da Família (ESF) na busca de idosos domiciliados com vacinação de COVID atrasada para realizar a vacinação. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A ação foi desenvolvida por uma ESF do Recife. A equipe identificou na área adscrita 29 idosos com vacina contra COVID-19 em atraso. No mês de maio de 2024 foram realizados atendimentos domiciliares aos pacientes identificados com a finalidade de conscientizar sobre a importância e benefícios da vacinação. Posteriormente foi aplicada a vacina nos pacientes que concordaram em receber o imunobiológico. Resultados: Foram realizados 29 atendimentos domiciliares a idosos com vacinação atrasada para COVID-19. Destes, 21 pacientes concordaram em ser vacinados, 7 se negaram a receber o imunobiológico e 1 paciente estava ausente do domicílio. Discussão: Os idosos são vistos como mais suscetíveis às fake news, pois têm uma probabilidade sete vezes maior de compartilhar informações falsas do que aqueles com menos de 29 anos. A recusa em receber as vacinas está associada à questão cultural, influência da família e fake news. Conclusão: Conclui-se que a educação em saúde foi um fator decisivo para aumentar a adesão à vacinação, porém as fake news ainda se apresentam como um fator que influencia negativamente na adesão à vacinação.