Introdução: a educação desempenha papel crucial no ambiente prisional, sendo as tecnologias educacionais ferramentas promissoras para a reinserção social, o aprimoramento profissional e o desenvolvimento humano, contribuindo para uma sociedade mais justa e equitativa. Objetivo: mapear tecnologias educacionais voltadas para o homem encarcerado em ambiente prisional. Critérios de inclusão: estudos com os mais variados delineamentos metodológicos, que abordaram tecnologias educacionais voltadas para o homem encarcerado em ambiente prisional, sem restrição de idioma e tempo de publicação. Métodos: revisão de escopo elaborada conforme abordagem do Instituto Joanna Briggs, com busca na CINAHL, MEDLINE, LILACS, IBECS, EMBASE e Web of Science, Google Scholar e lista de referências. A questão de pesquisa elencada foi: Quais tecnologias educacionais voltadas para homens encarcerados em ambientes prisionais?. Dois revisores independentes participaram da seleção dos estudos, cuja avaliação ocorreu com leitura dos títulos e resumos, seguindo os critérios de elegibilidade estabelecidos. Os resultados da busca e do processo de seleção de estudos foram exibidos no fluxograma Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews. Foi utilizada uma ferramenta de extração de dados desenvolvida pelos revisores, em forma de planilha no Microsoft Excel. Os dados foram analisados e apresentados em tabelas e fluxogramas. O protocolo foi registrado na Open Science Framework sob o Digital Object Identifier: 10.17605/OSF.IO/KW36Q. Resultados/discussão: seis artigos constituíram a amostra final, abrangendo o período de 1994 a 2020. Cinco estudos foram conduzidos nos EUA e um na Austrália. A maioria das tecnologias educacionais empregadas - cinco artigos - consistiu em vídeos educativos que abordavam temas relacionados à promoção da saúde e à prevenção de doenças. Um artigo discutiu o uso de um programa de rádio que tratava de questões de saúde e redução de danos para prisioneiros, ex-prisioneiros e suas famílias. Os estudos mostram que tecnologias educacionais são eficazes na promoção da saúde e prevenção de doenças entre homens encarcerados. Considerações finais: diversificar tecnologias educacionais pode melhorar a saúde e a reintegração da população carcerária masculina. No entanto, ainda é assunto pouco discutido em literatura. Não há estudos brasileiros, destaca-se assim a necessidade de pesquisas nesta área voltadas à nossa realidade.