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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
A HESITAÇÃO VACINAL CONTRA A COVID-19 NO BRASIL: A PARTIR DO DISCURSO DE QUEM HESITA
Relatoria:
Juliana Iscarlaty Freire de Araújo
Autores:
  • Monique Léia Aragão de Lira
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A pandemia provocada pela COVID-19, impactou o mundo em diversos cenários, devido a sua elevada transmissibilidade de distribuição global, e alta mortalidade (BRASIL, 2022). Em janeiro de 2021, por meio do Programa Nacional de Imunização começou a vacinação da população brasileira contra a COVID-19 (SOUZA et al., 2021). Ao passo do avanço da vacinação, um fenômeno de proporção mundial foi observado, a hesitação vacinal (HV), caracteriza-se pela recusa ou atraso em aceitar a vacinação, esse movimento apoia-se em questionamentos referentes principalmente sobre a eficácia e segurança sobre os imunizantes (ARAÚJO et al., 2021). Nesse sentido, este estudo objetiva compreender as justificativas que caracterizam o processo hesitatório sobre a vacinação contra a COVID-19, na perspectiva de quem hesita. Trata-se de um fragmento de um estudo maior, de natureza qualitativa, e abordagem por amostra não probabilística do tipo snowball, a coleta de dados foi através de entrevista semiestruturada e a análise por meio Discurso do Sujeito Coletivo, com aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, obtendo a aprovação a partir do número do parecer: 5.989.441. Os principais argumentos encontrados no estudo relacionados a HV são variados, como: fé, liberdade para decidir, problemas de saúde, reações após vacinação, desconfiança da efetividade dos imunobiológicos, medo das reações, infodemia, teorias da conspiração e influência política. Portanto, sabendo que a escolha em se vacinar vai além de um critério individual, torna-se necessário que os formadores de políticas de saúde dialoguem sobre estratégias que reforcem a segurança, necessidade, eficácia e importância da vacina para todos. Foi oportuno identificar, que a adesão à imunização está sujeita a mecanismos sociais que influenciam de forma decisiva a propensão de uma comunidade decidir ser vacinada ou não, observou-se a presença forte do negacionismo científico nos discursos expressos pelos participantes da pesquisa, na ocasião, pode-se associar a desinformação, sendo fundamento para a produção de fake news, sendo um processo ativo que pode determinar decisões em saúde-doença-cuidado, caracterizando assim a infodemia. Para tanto, conclui-se que é necessário trabalhar na perspectiva de capacitações dos profissionais de saúde sobre como lidar com esse movimento social, como também reforçar a necessidade de existir políticas públicas de saúde nesse âmbito.