INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento configura-se como um desafio para o sistema de saúde, no que se refere a manutenção da capacidade funcional e da qualidade de vida, garantida por um envelhecimento fisiológico ativo e saudável. Entretanto, o processo de senescência afeta a funcionalidade global do indivíduo e nesse viés, a incapacidade cognitiva na pessoa idosa é um fator de risco para a perda da autonomia nas suas atividades de vida diária e vulnerabilidade clínica a outras síndromes geriátricas. OBJETIVO: Analisar os principais fatores preditores do declínio funcional na pessoa idosa. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura cujas buscas ocorreram em agosto de 2023 nas bases de dados Portal Regional da BVS e Base de Dados em Enfermagem - BDENF, utilizando os descritores em saúde (DeCs) “Idoso’, “Incapacidade Cognitiva”, “Enfermagem” associados ao operador booleano AND. RESULTADOS: Foram selecionados 4 artigos para compor a amostra final a partir dos critérios de inclusão e exclusão pré-definidos. Dentre os estudos elegíveis, um apresenta a associação do declínio cognitivo à síndrome do idoso frágil, estando associada ao desenvolvimento de incapacidades funcionais. Nessa perspectiva, de acordo com o estudo, fatores como maior faixa etária, menor tempo de estudo, vulnerabilidade econômica, condição de saúde regular ou ruim, mobilidade física prejudicada e comprometimento cognitivo influenciam negativamente na manutenção das condições clínico-funcionais. Além disso, a hospitalização também é apontada como influente no declínio cognitivo do idoso e, por consequência, prejuízo funcional. Idade >= 80 anos e situação civil solteiro/divorciado são fatores de risco que associam-se ao detrimento das atividades instrumentais da vida diária. Em outro artigo, destaca-se a fragilidade física no idoso como fator relevante ao declínio cognitivo, sendo a redução da velocidade da marcha e a diminuição do nível de atividade física, aspectos relevantes para esse comprometimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Resultados significativos na associação entre o déficit cognitivo e perda da capacidade funcional no processo de envelhecimento, emerge a importância do estudo e planejamento de ações de atenção e manutenção da saúde, independência e autonomia. Nessa perspectiva, a atuação de Enfermeiros voltada à saúde da pessoa idosa pode se alicerçar na promoção da qualidade de vida e estímulo da capacidade cognitiva.