INTRODUÇÃO: O comportamento social do homem está diretamente relacionado à masculinidade, processo histórico/cultural hostil e intolerante, construindo desde a infância uma imagem de invulnerabilidade, que influencia em suas práticas e cuidados com a saúde. Tal imagem conduz o homem a negligenciar o autocuidado e sua saúde. Por isso, a busca por serviços de assistência se dá tardiamente, agravando o quadro clínico e a possibilidade de um tratamento mais curto e efetivo. OBJETIVO: Analisar os entraves que distanciam o homem em relação aos cuidados com a saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, descritiva, retrospectiva de abordagem qualitativa realizada no mês de agosto de 2023. A pesquisa foi norteada pela seguinte pergunta: Quais os entraves que dificultam a adesão do homem nos cuidados com sua saúde. Realizou-se a busca dos artigos por meio do Portal Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas bases de dados Medline, BDENF, LILACS. Aplicou-se os descritores de saúde “Saúde do Homem”, “Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde”, “Atenção Primária à Saúde” obtidos pelo Descritores em Ciencias da Saúde (DeCS) intercalados pelos operadores booleanos AND. Foram incluídos artigos completos dos últimos 5 anos, disponíveis na íntegra gratuitamente, nos idiomas português, inglês e espanhol. RESULTADOS: A partir da análise, é evidente que o homem, ao longo da sua vida, por um processo histórico estrutural, internaliza o pensamento de que não precisa procurar assistência básica ou aderir medidas preventivas, situação agravada pelo retardo no acompanhamento e tratamento desse público, que não se sente acolhido e incentivado a procurar unidades de saúde. Ademais, são poucos programas e ações em saúde relacionados à saúde do homem devido a baixa adesão desse público na atenção primária. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É essencial que haja a promoção da educação por meio de dinâmicas socioeducativas e momentos instrutivos pré-atendimento, que visem manter o paciente na unidade básica de saúde, com orientação sobre hábitos saudáveis e prevenção de doenças. Em adição, é de responsabilidade do enfermeiro identificar os determinantes da problemática em questão e propor mudanças que visem a prevenção de doenças nos serviços de APS, na comunidade e nos ambientes de trabalho para promover a equidade no acesso à saúde e orientar sobre prevenção e bem-estar no contexto do homem, e desconstruir os entraves que limitam a autonomia no autocuidado.