Introdução: Considerada às hepatites virais um problema de saúde pública no país, desde 2002, o Ministério da Saúde instituiu, no âmbito do SUS, o Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais, mesmo diante da estratégia de prevenção e redução ainda apresentam potenciais fragilidades, dificultando o acesso integral à atenção¹,². Objetivo: Analisar aspectos que fragilizam o acesso à atenção as hepatites virais. Método: Pesquisa avaliativa, desenvolvida no estado de Mato Grosso. Para coleta de dados entrevistou gestores da Secretaria de Estado de Saúde e profissionais dos serviços de referência, utilizou análise de conteúdo³, na vertente temática, e para discussão as dimensões do modelo de análise de acesso universal a serviços de saúde. Resultados: Dimensão política apresenta pouca participação da gestão federal e estadual na proposição de diretrizes, coordenação e pactuação. Na dimensão econômico-social baixo investimento na rede pública e dificuldade de fixação de profissionais especialistas. Na dimensão organizacional a regulação do acesso, da assistência e a logística do tratamento sofrem com barreiras geográficas, além do baixo uso do monitoramento e avaliação. Na dimensão técnica pouca formação profissional e ausência de projeto compartilhado em rede. Na dimensão simbólica fatores culturais, de crença, valores e subjetividade interferem no acesso. Conclusão: As afirmações pontuadas subsidiam uma análise para a gestão sobre ações estratégicas com foco prioritário nos serviços de saúde, além de elementos que contribuem para a elaboração de estratégias que levem em consideração peculiaridades regionais e de equipes.