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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ADESÃO ÀS PRÁTICAS SEXUAIS SEGURAS ENTRE MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Relatoria:
Wanderson Santiago de Azevedo Junior
Autores:
  • Valéria Gabriele Caldas Nascimento
  • Amanda Loyse da Costa Miranda
  • Paula Regina Barbosa de Almeida
  • Lídia Bolivar Luz da Silva
  • Pedro Vitor Rocha Vila Nova
  • Glenda Roberta Oliveira Naiff Ferreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As chances de um indivíduo adquirir uma infecção sexualmente transmissíveis são aumentadas na presença de comportamentos sexuais não seguros, particularmente entre as populações-chave, como as mulheres profissionais do sexo. Objetivo: analisar as práticas sexuais e de prevenção de mulheres profissionais do sexo. Metodologia: estudo descritivo, quantitativo, desenvolvido de junho a novembro de 2022. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado contendo questões sociodemográficas e de comportamento sexual, face a face, com mulheres profissionais do sexo, cisgêneros, com idade igual ou superior a 18 anos, em duas boates localizadas na cidade de Belém-Pa. Armazenou-se os dados no programa Microsoft Excel, sendo descritos em frequência absoluta e relativa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com o parecer nº 5.388.975. Resultados: Foram entrevistadas 58 mulheres profissionais do sexo, destas 75% relataram ser heterossexuais e 87% residem na região metropolitana de Belém. Quanto à atividade profissional, constatou-se que a média de idade de início da atividade como profissional do sexo foi de 22 anos, bem como trabalham de 3-4 dias por semana e 4 programas diários. Questionadas acerca da exposição ao HIV nas últimas 72 horas, 74% afirmou não terem sido expostas e 67% disseram que não aceitariam fazer sexo sem preservativo. Porém, 21% aceitariam se já conhecessem o cliente ou por precisar do dinheiro, 45% das profissionais do sexo realizaram atividade sexual desprotegida nos últimos 6 meses e 47% relatam não fazer uso do preservativo nas relações sexuais, com prevalência no sexo oral e vaginal receptivo. Ademais, 74% e 81% das mulheres profissionais do sexo desconhecem as profilaxias contra o HIV, a pós-exposição (PEP) e pré-exposição (PREP), respectivamente. Considerações finais: Dessa maneira, notam-se comportamentos vulneráveis nas mulheres trabalhadoras do sexo, sobretudo acerca do desconhecimento quanto à PEP e à PREP e a utilização de método de barreira em todas as relações. Assim, reforça-se a necessidade de implantação de políticas públicas em saúde e aprimoramento dos profissionais de saúde na estimulação de adesão a práticas sexuais mais seguras.