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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
Casos Notificados de Violência Interpessoal/Autoprovocada em Santa Inês- MA
Relatoria:
Diná Cruz Ferreira
Autores:
  • Mateus Henrique Santos Monteiro
  • Vanderleia Da Silva Leitão
  • Fabrícia Grazielly Santos Souza
  • Ramile Gonçalves Da Silva
  • Andréia Borges Araruna De Galiza
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceituou a violência como “Uso intencional da força ou poder em uma forma de ameaça ou efetivamente, contra si, outra pessoa ou grupo ou comunidade, que ocasiona ou tem grandes probabilidades de ocasionar lesão, morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações”. Tendo em vista, tipos específicos de violência, podemos destacar a violência interpessoal, que se caracteriza como uma ação ou omissão que prejudica o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outra pessoa; enquanto a violência autoprovocada compreende ideação suicida, autoagressões, tentativas de suicídios e suicídios, sendo inserida na lista de notificação compulsória obrigatória em 2006. Objetivo: Analisar os índices epidemiológicos de violência interpessoal registrados no SINAN, na cidade de Santa Inês- MA. Justificativa: Elucidar os dados e propor adoção de medidas de intervenção pautadas na diminuição dos casos, bem como enfatizar a importância das notificações, para que diminua a subnotificação na tentativa de prestar assistência à saúde qualificada. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental analítica descritiva realizada no mês de novembro e dezembro de 2022. A coleta de dados foi realizada utilizando os dados do DATASUS/SINAN, das notificações de violência interpessoal e autoprovocada, nos anos de 2013 a 2021. Resultados e Discussões: Nesse período, foram registrados 175 casos. Os casos por ano e sexo: 2014 – 5 casos, 3 em mulheres; 2015 – 32 casos, 31 em mulheres; 2016 – 2 casos, todos em mulheres; 2017 – 42 casos, 23 em homens; 2018 – 23 casos, 13 em mulheres; 2019 – 27 casos, 17 em mulheres; 2020 – 9 casos, 5 em mulheres; 2021 – 35 casos, 30 em mulheres. Constata-se que, a cada 35 casos, 28 são em mulheres, nas faixas etárias de 20 a 29 anos de idade; houve um aumento significativo de casos notificados em comparação ao ano de 2016, com prevalência no gênero feminino em 90% dos anos descritos. Considerações finais: Percebe-se que, ainda há fragilidade na execução de políticas públicas voltadas para a promoção e prevenção de violência, havendo a necessidade de engajamento dos profissionais em relação ao preenchimento das fichas de notificação. Diante do exposto, é de suma importância propor ações de intervenção para mudar esse senário, pois, é por meio dessas notificações, que os profissionais podem criar mecanismos de prevenção e promoção de saúde.