Introdução: Historicamente, a enfermagem ocupa o lugar máximo no que se entende por cuidado, assim como na prevenção de doenças. Há uma lacuna que não se revela em qual exato momento a enfermagem também se tornou protagonista na vacinação. Hoje está pautado pela Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) n.302 de 2005, que compete ao profissional, assim como orientar, conservar, controlar e aplicar as vacinas. Mas neste processo de vacinação contra a COVID-19, houve inúmeros escândalos relatados em diversas mídias, onde profissionais de enfermagem não vacinaram usuários, simularam sua aplicação ou parecem se apropriaram das doses deste insumo para comercialização ou para aplicações em familiares. Objetivos: Refletir e compreender fatos antiéticos na vacinação e com os profissionais da enfermagem. Metodologia: Pesquisa descritiva reflexiva, o qual foram analisados artigos referentes ao tema, encontrados nas bases de dados e o resumo de tramitação de Projeto de Lei 1140/2021 do Senado Federal. Resultados: Neste processo pandêmico a vacinação se configurou como uma responsabilidade ético-política, devido há uma grande influência política negacionista que se posicionou opositora a imunização levando a população brasileira a desacreditar da potência do imunobiológico, creditando em medicações sem comprovação científica seu uso. Essa pseudociencia alcançou a enfermagem, levando profissionais a inserir a agulha no músculo do usuário, com a seringa vazia, sem a vacina. Genericamente chamadas de ‘vacinas de vento’, é como infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética. Em meio a estes processos pensamos se essa atitude pode ser evitada, assim colocamos também a pensar não se tratar não apenas de ética, mas a moral que estes profissionais usam de má fé na assistência. Este projeto de lei, em tramitação, visa punição para o profissional de saúde que deixa de aplicar a vacina ou simula sua aplicação, tornando a atitude criminosa. Conclusão: Conforme seu código de ética, o profissional de enfermagem tem o dever de buscar conhecimento baseado em ciência, porém na pandemia presenciamos posicionamentos ideológicos acima da ética. Entretanto a punição proposta pelo PL 1140/2021, será mais uma forma de garantir o desempenho ético dos profissionais.