Introdução: O câncer de colo do útero, segundo o Ministério da saúde, é o terceiro tumor maligno mais frequente em mulheres e a quarta causa de óbito feminino por câncer no Brasil, refletindo um grande problema de saúde pública no país. O tumor é proveniente da infecção genital persistente em alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), ocorrendo um crescimento desordenado das células que revestem o útero. Objetivo: Caracterizar a mortalidade por câncer do colo do útero ocorridos no estado do Maranhão, de 2011 a 2021. Metodologia: Estudo epidemiológico do tipo ecológico, em que foram observados todos os óbitos por neoplasia maligna do colo do útero, ocorridos entre residentes no estado do Maranhão, notificados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de 2011 a 2021, e obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para a análise espacial e elaboração dos cálculos das taxas de mortalidade, foram empregados o software TabWin 4.1 e o programa Microsoft Excel. Resultados e discussão: Verificou-se 3.666 óbitos por neoplasia maligna do colo do útero no Maranhão nos anos observados. A maioria das mulheres tinham 50 a 59 anos (n=866; 23,6%), de cor branca (n=683; 18,6%), casadas (n=1.063; 29%), sem nenhuma escolaridade (n=1.037; 28,3%) e o ambiente hospitalar como o local de maior ocorrência dos óbitos (2.713; 74%). A taxa de mortalidade média bruta no período foi de 4,80 óbitos por 100.000 habitantes. Quanto a análise espacial, observa-se que os óbitos pela doença estão distribuídos por diversos munícipios do estado, sendo os que tiveram elevadas taxas de mortalidade no período, Senador La Rocque, Presidente Sarney, Bacurituba, e Amapá do Maranhão. Conclusão: Portanto, conclui-se um crescimento no número de óbitos por câncer do colo do útero no estado do Maranhão em mulheres brancas e com faixa etária entre 50 a 59 anos. Dessa forma, implica-se a necessidade de investimento para adoção de medidas de saúde pública para rastreamento precoce, bem como a implantação de políticas públicas direcionadas para o controle abrangente da neoplasia através das ações preventivas de saúde, bem como, a melhoria da assistência a clientela assistida pelo Sistema Único de Saúde.