INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, além de ser fator de risco para inúmeras doenças cardiovasculares. A atenção primária é uma das portas de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) onde os hipertensos constituem grande parcela dos atendimentos realizados nesses serviços de saúde. É justamente nesse contexto que a equipe de enfermagem pode ofertar a integralidade da assistência à população, sobretudo aos pacientes hipertensos, à medida em que destacamos o papel do enfermeiro como educador em saúde, capaz de realizar ações de prevenção e promoção de saúde a comunidade, a fim de reduzir a morbimortalidade causada pela hipertensão ou atuar na redução de danos e melhoria no estilo de vida daqueles já diagnosticados. OBJETIVO: O papel do enfermeiro, como integrante da Estratégia de Saúde da Família (ESF), e a importância das ações de prevenção e promoção de riscos e agravos da HAS. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa de literatura em que foram utilizados como banco de dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), publicados no idioma português entre o período de 2019-2023, com a combinação dos seguintes descritores: Atenção primária, Educação em saúde, HAS e Enfermeiro. RESULTADOS: O enfermeiro deve empenhar-se na identificação dos fatores que influenciam o processo saúde/doença, bem como no reconhecimento dos agravos. Isso pode ser alcançado com o acompanhamento longitudinal dos usuários e seus familiares. Enquanto educador de saúde, o enfermeiro deve desenvolver estratégias de promoção à saúde que podem ser alcançadas através de rodas de conversa e intervenções clínicas, de forma a reforçar os benefícios da adesão ao tratamento e incluir a prática de atividades físicas, mudança de hábitos nutricionais e acompanhamento mensal dos pacientes em questão. Logo, a criação do vínculo enfermeiro-usuário constitui-se como um facilitador da adesão ao tratamento, possibilitando a aderência de hábitos mais saudáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É evidente a importância do enfermeiro na atenção básica no sentido de evitar os agravos à saúde relacionados à HAS. O seu potencial assistencial-educador propicia o acompanhamento longitudinal dos hipertensos e estimula a autonomia do paciente no processo saúde-doença, de forma que se alcance uma maior eficácia das ações de prevenção e promoção da HAS, além do aumento da adesão ao tratamento e de hábitos mais saudáveis.