INTRODUÇÃO: O momento de transição da finalização da jornada acadêmica para o cenário clínico é marcante na vida de qualquer enfermeira recém-formada. Esse período é especialmente significativo pois retrata a concretização de anos de estudo e preparação, contudo, esse momento também é revestido de desafios singulares, gerando uma série de emoções, dúvidas e incertezas, que por muitas vezes disputa com a empolgação da nova profissão. Em meio a essa encruzilhada entre os conhecimentos adquiridos e a imprevisibilidade das situações reais, os novos profissionais se veem em dilemas cruciais, que forjam a trajetória do seu desenvolvimento profissional. À medida no qual refletimos, as emoções e incertezas passam a emergir como imagens multifacetadas: longe de ser um sinal de despreparo, mas como um convite para o crescimento. OBJETIVO: Abordar de forma abrangente os desafios enfrentados por Enfermeiras Recém-Formadas durante a transição acadêmica para prática profissional, com a incerteza emergindo como parte constituinte desse processo. METODOLOGIA: Estudo descritivo de caráter relato de experiência, fundamentado na vivência de enfermeiras recém-formadas sob o dilema de inseguranças e incertezas inerentes à entrada na prática profissional. RESULTADOS: Diante da realidade, cada vez mais unidades de saúde assistencial têm exigido níveis altos de qualificação, o que problematiza e torna intangível a inserção em hospitais, unidades ambulatoriais e afins. Outrossim, observa-se um déficit quanto aos docentes na preparação da formação acadêmica, para que possamos desenvolver competências de liderança, resiliência, relações interpessoais, assim como também, na preparação para enfrentar a realidade, cabendo-nos a ser profissionais criativos, autônomos e resolutivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se assim que a busca pela autonomia não é apenas uma busca individual, mas um compromisso pelo aperfeiçoamento e a prestação de qualidade. Os desafios encontrados ao longo do caminho traduziram-se em oportunidades para construir a própria autonomia, transformando-se em uma base sólida para prestação de cuidados centrados no paciente e busca contínua pela excelência.