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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DE BRASILEIRAS QUE NUNCA REALIZARAM O EXAME DE CITOLOGIA ONCÓTICA
Relatoria:
Bruna Barroso de Freitas
Autores:
  • Douglas de Araújo Costa
  • Carla Isabel Soares da Silva Melo
  • Hillary Bastos Vasconcelos Rodrigues
  • Alessandra Lima de Carvalho Gurgel Veras
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O câncer de colo do útero (CCU) é um problema de saúde pública mundial e é considerado, globalmente, a quarta causa de morte por câncer em mulheres. Nesse sentido, a realização do exame citopatológico é uma alternativa para detecção precoce desse câncer. No entanto, apesar de sua eficácia e do baixo custo, existe uma não adesão por parte do público-alvo a essa prática, o que retarda a detecção e tratamento em estágios iniciais. Objetivo: Realizar a caracterização sociodemográfica de brasileiras entre 25 e 64 anos que nunca realizaram o exame preventivo de câncer do colo do útero. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico descritivo baseado em informações sobre mulheres brasileiras de 25 a 64 anos que nunca realizaram exame preventivo de CCU, disponíveis na Pesquisa Nacional de Saúde nos anos de 2013 e 2019. A população estudada foram as mulheres na idade alvo para o exame. Os dados foram tabulados e analisados na plataforma Google Sheets e, em virtude de terem sido utilizados dados de acesso público, o presente estudo dispensa aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Quanto à abrangência total, houve no Brasil uma redução percentual de não realização do exame por mulheres na idade alvo quando comparam-se os anos de 2013 (9,70%) e 2019 (6,10%). Em relação às regiões, em 2013 o Norte obteve os piores resultados com 12,9% de não adesão, enquanto em 2019 o Nordeste obteve o menor índice, com 8,60%. Ademais, outras variáveis que obtiveram os piores índices foram a zona rural, com 15% em 2013 e 10,30% em 2019, renda per capita de até meio salário mínimo, com 15,70% em 2013 e 9,70% em 2019 e faixa etária de 25 a 39 anos, com 12,4% em 2013 e 8,9% em 2019. Em acréscimo, não ter instrução ou ter fundamental incompleto obteve as piores métricas, com 12,90% em 2013 e 8,60% em 2019. Por fim, as raças preta e parda também obtiveram índices aquém do esperado, sendo que, em 2013, pretas obtiveram 12,10% e pardas 11,6% e em 2019, pretas atingiram 6% e pardas 7%. Conclusão: A partir do perfil apresentado, é possível traçar estratégias diferenciadas para sanar os obstáculos encontrados, reduzindo os possíveis agravos decorrentes do câncer do colo de útero. Nesse cenário, destaca-se o papel do enfermeiro enquanto agente modificador da realidade, pois este possui o vínculo com a população que é necessário para reduzir os resultados apresentados e é capaz de gerir o sistema de saúde com vistas à promoção de saúde e prevenção de doenças.