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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO DO AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO: PRESSUPOSTOS DE EDGAR MORIN
Relatoria:
CLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSO
Autores:
  • FERNANDA ESMÉRIO PIMENTEL
  • TAYSA DE FÁTIMA GARCIA
  • ELINE LIMA BORGES
  • PATRICIA ROSA DA SILVA
  • ISABELLY MARQUES LOPES
  • GISLENE DA SILVA ALONSO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: a avaliação do autocuidado de pessoas com estomias é intervenção de enfermagem considerada como essencial para a reabilitação. Apesar de sua relevância, na prática clínica, este fenômeno tem sido reduzido apenas a execução de atividades para higiene e troca do equipamento coletor. Existe uma dificuldade dos enfermeiros em sistematizar essa avaliação, o que potencializa a dependência de pacientes por cuidados em saúde. Objetivo: descrever a complexidade da avaliação do autocuidado de pessoas com estomias de eliminação. Método: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, conduzido por meio da abordagem qualitativa. O conteúdo deste relato advém da experiência de 3 enfermeiros e 1 acadêmica de enfermagem, vinculados ao observatório de Estomaterapia da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, os quais no período de julho a agosto de 2023 iniciaram o processo de implementação do formulário de avaliação da competência para o autocuidado em um Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa com estomia de Belo Horizonte – MG. Avaliaram 30 pessoas com estomias durante consulta de enfermagem. Uma enfermeira conduzia a entrevista e os demais membros eram observadores. Que utilizaram diário de campo para anotar dúvidas e enfatizar impressões. Os dados coletados sobre a complexidade para avaliar o autocuidado foram organizados em três eixos temáticos, conforme pressupostos.de Edgar Morin, sendo eles: dialógico, recursal e hologramático. Resultados: verificou-se que existe contrassensos entre os elementos da relação paciente- profissional – sociedade, os quais podem influenciar na tomada de decisão do paciente e sua escolha pela autonomia ou dependência. Além disso, conforme o princípio recursal, sabe-se que o autocuidado não é o fim de um ciclo, mas também o começo de vários ciclos, em que as necessidades em saúde estabelecem uma relação íntima e dependente. Outro ponto é que pautado no princípio hologramático, a tendência da avaliação do autocuidado reside na fragmentação dos fenômenos complexos em partes, o que rompe com a integralidade, do ser humano e sedimentação apenas aquilo que é de fácil entendimento para o enfermeiro. Conclusão: o autocuidado é um fenômeno complexo pela sua dimensionalidade e dinamismo com diversos fatores intervenientes e processo organizativo. Para sua avaliação, exige atitudes e habilidades inovadoras e rupturas com a ótica fragmentados e reducionista dos fenômenos complexos.