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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
IMPACTOS DA DOR AGUDA PÓS-CESÁREA EM PUÉRPERAS DE RISCO HABITUAL
Relatoria:
Caíque Jordan Nunes Ribeiro
Autores:
  • Daniele Oliveira Silva
  • Milena Santos Pereira
  • Fábia Laís Dias Carvalho
  • Guilherme Reis de Santana Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, frequentemente presente no pós-operatório, inclusive da cirurgia cesariana, a qual é uma das cirurgias mais realizadas no Brasil. Uma das consequências desse procedimento é a dor aguda pós-cesárea (DAPC) que pode impactar negativamente o binômio mãe-bebê. Objetivo: analisar os impactos da DAPC entre puérperas internadas em uma maternidade de risco habitual do interior de Sergipe. Método: estudo transversal e analítico realizado em uma maternidade de risco habitual no interior de Sergipe, Nordeste do Brasil, entre março e julho de 2023. Foram incluídas puérperas em pós-operatório mediato (>24h) de cirurgia cesariana. Os desfechos de interesse deste estudo foram os potenciais impactos da DAPC sobre atividades de autocuidado e cuidado com o recém-nascido (RN). Cada uma das variáveis foi mensurada em uma escala ordinal de 0 a 10, na qual o zero demonstra que a dor não interferiu nas atividades retromencionadas e 10, quando a dor interferiu completamente. A normalidade dos dados foi examinada pelo teste de Shapiro-Wilk. A diferença entre os grupos foi investigada por meio do teste de Kruskal-Wallis. Foram realizados testes post-hoc com correção de Bonferroni. Resultados: Das 321 puérperas que participaram do estudo, 232 referiram dor no momento da entrevista (72,3%). Destas, 110 (47,4%) classificaram sua dor como leve, 75 (32,3%), moderada e 47 (20,3%), intensa. As participantes eram predominantemente de outros municípios (164;70,7%), residentes na zona urbana (132; 56,9%), com idade <35 anos (184;79,3%), não brancas (206;88,8%), com companheiro (183; 78,9%), escolaridade >12 anos de estudo (137;59,1%), SUS-dependentes (182;78,4%). A DAPC moderada à intensa impactou negativamente: atividade geral, humor, deambulação, sono, habilidade de apreciar a vida, higiene íntima, banho, amamentação, segurar o RN, sentar-se/levantar-se e vestir-se. Conclusão: estratégias multimodais devem ser adotadas para um adequado manejo da dor, a fim de assegurar uma assistência humanizada com melhores desfechos para o binômio mãe-bebê.