INTRODUÇÃO: Na enfermagem, o absenteísmo produz um efeito bastante danoso, quer seja por desfalcar e sobrecarregar os demais integrantes da equipe de saúde como fragilizar a assistência aos pacientes e famílias. Durante a pandemia da COVID-19 esses danos ficaram muito visíveis à sociedade. OBJETIVO: Investigar o absenteísmo da equipe de enfermagem durante a pandemia da COVID-19 e sua repercussão para a segurança do paciente. METODOLOGIA: Trata-se de revisão narrativa, seguindo os critérios da escala para avaliação de artigos de revisão narrativa (SANRA). Essa revisão foi construída em setembro de 2022, a partir da LILACS e Scielo, com os descritores “Absenteísmo”, “COVID-19”, “Enfermeiros”, e booleano “and”. Incluiu-se artigos do período de março de 2020 a agosto de 2022, em português, com acesso aberto. Foram excluídos, livros, textos jornalísticos e monografias. Encontrou-se dez artigos, descartados três após leitura de título e resumo, por não se enquadrarem nos objetivos do estudo, totalizando sete artigos. RESULTADOS: Os artigos indicaram que a pandemia agravou ainda mais a sobrecarga histórica do sistema público de saúde, em consequência, as contratações emergenciais que foram realizadas tanto pelo absenteísmo dos profissionais como pelo crescimento das demandas, não conseguiram suprir em quantidade e qualidade os cuidados exigidos. O absenteísmo dos profissionais de enfermagem, trouxe muitos prejuízos, como no âmbito da saúde física e mental das equipes, iatrogenias e a diminuição da capacidade de resposta do serviço, com implicações na garantia de padrões mais elevados de segurança do paciente. CONCLUSÃO: O absenteísmo é um problema que acentuou efetivamente com a pandemia, sem todavia, ocorrer a criação de políticas institucionais permanentes voltadas à saúde do trabalhador que minimizassem a extensão desse cenário. Nesse sentido, a estreita relação do absenteísmo com a qualidade da assistência oferecida, durante a pandemia refletiu em prejuízos na segurança do paciente.