Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CARGA DE TRABALHO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA COM E SEM COVID-19
Relatoria:
JESSIKA BARROS DANTAS VASCONCELOS
Autores:
- Débora Costa Gomes Coelho
- Renata Roberta Dantas Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A carga de trabalho da Enfermagem é nicho de discussão em diversos cenários no ambiente hospitalar e em atendimentos especializados, em razão da sua ligação direta com a qualidade da assistência. O Nursing Activities Scores (NAS) tem sido o principal instrumento utilizado para mensuração da carga de trabalho da enfermagem nas UTI´s brasileiras. Com a pandemia da COVID-19 houve uma necessidade de leitos e mão de obra da enfermagem de forma exponencial, visto que uma parcela dos pacientes evolui com maior gravidade. Objetivo: Avaliar a carga de trabalho da enfermagem antes e após o período pandêmico em pacientes sem covid e com covid, respectivamente. Método: Realizou-se um estudo do tipo caso controle ambiespectivo, de forma prospectiva e retrospectiva com coleta de dados entre 2020 e 2022. Foram incluídos pacientes internados em seis UTIs do Estado de Sergipe, com idade igual ou superior a 18 anos, com tempo de permanência mínima de 24 horas. As variáveis categóricas foram descritas por meio de frequências brutas e porcentagens. As variáveis contínuas foram descritas por meio de média, mediana, desvio padrão e intervalo interquartil. A hipótese de independência entre variáveis categóricas foi testada por meio do teste Qui-Quadrado de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. O projeto de pesquisa foi aprovado pelos Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe, com parecer favorável sob número 5.144.304. Resultados: A amostra foi composta por 581 pacientes elegíveis para o estudo. Sendo 180 (32,1%) pacientes com diagnóstico de COVID-19 e 381 (67,9%) pacientes sem COVID-19.Os Valores de NAS na admissão (89,7 [70,1-99,8] vs 48,1 [42,5-52,2]; p<0,001) e na alta (97,2 [62-108,3] vs 49,7 [43,5-60]; p<0,001) foram piores em pacientes com COVID-19. Conclusão: A média do escore total do NAS foi maior nos pacientes com diagnóstico de COVID-19 evidenciando que esta alta pontuação justifica-se pela necessidade de alta demanda terapêutica ligada a instabilidade hemodinâmica. Este estudo traz contribuições para enfermagem, fornecendo subsídios para melhorar os cuidados e dimensionamento na assistência.