Introdução: A hospitalização é um episódio complexo e desafiador para a criança e acompanhante, pois pode se caracterizar como uma experiência traumática, marcada por mudanças físicas e emocionais que advêm, comumente, do ambiente, das novas rotinas, exames e procedimentos realizados. Objetivo: Descrever as repercussões maternas durante o período de internação infantil no setor da pediatria hospitalar. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por uma graduanda de Enfermagem em um hospital de referência materno-infantil do estado do Pará no primeiro semestre de 2022. Resultados: Foi possível perceber que a mãe como acompanhante é impactada de forma significativa com a internação do filho, refletindo diretamente nos seus aspectos psicológicos, e percebeu-se a importância das redes de apoio hospitalar. As mães acompanhantes vivenciam desafios na tentativa de se adaptar ao ambiente, considerado um espaço novo, e tal situação fica ainda mais delicada quando as mães possuem outros filhos, e há a necessidade de transferir para outros membros da família a responsabilidade de cuidar dos seus próprios filhos, o que gera sentimento de negligenciamento materno. Observou-se também que a carência de um olhar individualizado para as diferentes singularidades existentes no âmbito hospitalar, e a falta da assistência individualizada, pois ouviu-se muitas queixas acerca da assistência, revelando que faltava que as mães fossem melhor incluídas no cuidado prestado à criança pela equipe multiprofissional, sendo os cuidados prestados somente focados na criança. Considerações finais: Desta maneira, para que haja uma assistência de qualidade, é preciso entender que no período de hospitalização, a mãe e a criança são um único conjunto, e que a acompanhante precisa ser inserida nas intervenções da equipe hospitalar como um todo, e principalmente pela enfermagem, por ter contato mais frequente e próximo ao binômio.