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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
EXPERIÊNCIAS DE UM ENFERMEIRO RESIDENTE: OS DESAFIOS PARA O ACOLHIMENTO EM SAÚDE NA ATENÇÃO HOSPITALAR
Relatoria:
David Ederson Moreira do Nascimento
Autores:
  • Marcos Vinícius Ramos Sales
  • Tamires Yngrid Carvalho de Macedo
  • Maria Vanessa Nogueira Peixoto
  • Karine Nascimento Guimarães
  • Cristiane Aparecida dos Santos Barbosa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: o acolhimento em saúde é uma importante diretriz originada na Política Nacional de Humanização (PNH), onde, em sua estrutura, não demanda de horário ou local para ser executado, tampouco, de profissional específico para implementá-lo. Objetivo: relatar a experiência das atividades de acolhimento em saúde desenvolvidas em um hospital público localizado no estado de Pernambuco – Brasil. Metodologia: pesquisa descritiva e qualitativa, do tipo relato de experiência, originada a partir das atividades de Residência em Enfermagem desenvolvidas entre os meses de janeiro a março 2023 durante o rodízio aos setores clínicos, neste caso, vivências na emergência e traumato-ortopedia. Resultados: foi constatado, a partir das práticas de acolhimento em saúde, que ainda há uma concepção errônea de que “acolher” consiste em basicamente implementar um dispositivo específico da PNH, descrito como Classificação de Risco. Persiste a concepção de que ao classificar o risco do usuário, e a partir disso determinar a prioridade do seu atendimento, o acolhimento em saúde estará efetivado, entretanto, ao considerar a lei nº. 8.080/90, que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS), bem como, os objetivos e diretrizes da PNH, é evidenciado que acolher consiste de uma cadeia de processos que envolvem o atendimento às múltiplas necessidades do usuário, considerando a sua integralidade e autonomia, sendo a classificação de risco apenas um dos elementos que somam a este processo. Considerações finais: Ao considerar o exposto, se faz necessário fortalecer discussões sobre o processo de acolhimento e como ele deve ser conduzido à luz de pressupostos teóricos e internalização de vivências práticas em serviço, considerando elementos essenciais, tais como: escuta atenciosa, diálogo desnudo de preconceitos, respeito as individualidades, observância as vulnerabilidades e efetivação dos princípios do SUS. Neste contexto, tais discussões devem envolver toda a equipe que compõe o serviço de saúde, posto que o usuário terá contato com múltiplos profissionais, estes que deverão dar continuidade ao cuidado assegurando processo acolhedor efetivo e contínuo. Assim, a partir dessas reflexões pode haver mudanças no adentrar à unidade de saúde, na sala de espera, durante as consultas, entre outros. Por fim, o acolhimento precisa ser projetado com participação integral da equipe e com o compromisso de resposta às necessidades dos usuários que buscam por assistência à saúde.