Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO: RECOMENDAÇÕES TERAPÊUTICAS ATUAIS
Relatoria:
THAYNARA FERREIRA FILGUEIRAS
Autores:
- Luciara Pereira da Silva
- Priscila Gomes Jacinto
- Thully Gleice Marinheiro Leonardo
- Mariana Matias Santos
- Jeferson Barbosa Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os distúrbios hipertensivos na gravidez/puerpério, presentes em até 10% das gestações, representam umas das principais causas de morbimortalidade materna e fetal no Mundo e no Brasil. Deste modo, como forma de evitar complicações e mortes, gestantes e puérperas necessitam, dos dispositivos de saúde e dos profissionais que o compõem, um diagnóstico precoce e a garantia de acesso a terapêutica farmacológica e não farmacológica adequada, em tempo hábil e baseada em evidências científicas atuais. Objetivo: analisar a produção científica acerca das terapêuticas farmacológicas recomendadas atualmente para mulheres com síndromes hipertensivas na gestação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados MEDLINE, BDEnf e Scopus. Buscou-se estudos com recorte temporal de 2016 a 2022, nos idiomas português e inglês e selecionados por meio dos indexadores DeCS/MeSH: “Hipertensão”, "Hipertensão Induzida pela Gravidez”, “Gravidez” e “Terapêutica”, conectados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. Resultados: Foram rastreados 5.674 artigos que, após procedimentos de seleção e elegibilidade, compuseram a amostra final 7 estudos. Observou-se, através desta revisão, que o uso da aspirina, na dose de 150 mg por dia, foi identificado como a melhor opção para o tratamento preventivo das síndromes hipertensivas na gestação. Para mulheres já diagnosticadas, a terapêutica medicamentosa mais recomendada, tanto na hipertensão crônica quanto na hipertensão gestacional, corresponde ao anti-hipertensivo alfa-metildopa. Casos de pressão arterial maior ou igual a 160/110mmHg, a recomendação observada foi de anti-hipertensivos de alta potência como hidralazina e labetalol intravenosos e/ou nifedipina oral, associados a labetalol oral e bloqueadores dos canais de cálcio para o controle a longo prazo. Conclusão: Ao final das análises, observou-se que o tratamento com aspirina em baixas doses em mulheres com alto risco de pré-eclâmpsia resultou em menor incidência desse diagnóstico, devendo ser o tratamento de referência para estes casos. Em mulheres diagnosticadas, a alfa-metildopa é a opção viável para o tratamento da hipertensão e nifedipina e labetalol são as melhores opções iniciais para hipertensão grave, com maior destaque para o nifedipino como fármaco mais superior nas situações de maior gravidade, por apresentar facilidade de administração, resultados mais rápidos e um melhor regime de dosagem.