Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS PARTOS NO NORDESTE BRASILEIRO: UM ESTUDO ECOLÓGICO
Relatoria:
IGOR CORDEIRO MENDES
Autores:
- Lara Leite de Oliveira
- Karine de Castro Bezerra
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A experiência da gestação e parturição consistem em acontecimentos importantes que marcam a vida da mulher e da sua família, tendo como desfecho o nascimento, que pode ocorrer por duas vias: parto normal ou cirurgia cesariana. O objetivo deste estudo foi analisar epidemiologicamente os partos no nordeste brasileiro entre os anos de 2011 a 2020. Trata-se de um estudo descritivo, ecológico e quantitativo. A coleta de dados foi realizada a partir do banco de dados disponível no Departamento de Informação e Informática do SUS (DataSUS). Os dados foram expressos em frequências absolutas e relativas. Os resultados evidenciaram a ocorrência de 8.210.800 partos notificados, sendo 49,63% (n=4.074.817) partos vaginais, 50,14% (n=4.117.319) cirurgia cesariana e 0,23% (n=18.664) desconsiderados nessa pesquisa por terem a identificação do tipo de parto ignorada na Declaração de Nascidos Vivos. Percebeu-se que o ano de 2011 apresentou a menor taxa de cesariana durante o período estudado com 46,48%, enquanto que 2020 correspondeu aos maiores índices com taxas de cesariana equivalentes a 53.33%. Notou-se uma predominância de parturientes com faixa etária entre 20-34 anos em ambos os tipos de parto, com percentuais equivalentes a 65,53% (n=2.670.517) dos partos vaginais e 70,7% (n=2.910.981) das cesáreas. Verificou-se que um percentual acentuado de mulheres com escolaridade superior a sete anos de estudo entre as parturientes que realizaram parto vaginal, equivalendo a 59,94% (n=2.442.540) dos casos. Já nos partos cesarianos, verificou-se uma prevalência similar, com 75,39% (n=3.104.133) das parturientes possuindo escolaridade superior a sete anos de estudo. Observou-se que, tanto nos partos vaginais quanto nas cesáreas, existiram mais mulheres classificadas como solteiras, correspondendo, respectivamente, a 46,80% % (n=1.906.893) e 38,08% (n=1.568.012) dos casos. A grande maioria das mulheres independente da via de parturição realizaram sete ou mais consultas de pré-natal, sendo 64,98% (n=2.675.482) dos casos partos cesáreos e 50,43% (n=2.054.889) partos vaginais. Já as que fizeram apenas quatro a seis consultas, com percentual de 34,22% (n=1.394.383) realizaram o parto vaginal. Assim, conclui-se que devemos continuar investigando a atenção prestada as mulheres durante pré-natal, parto e puerpério, planejando ações que promovam a melhoria da assistência obstétrica.