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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
“ISSO É COISA DE MULHER”: MASCULINIDADE E A SAÚDE DO HOMEM EM EVIDÊNCIA NO BRASIL
Relatoria:
Pablo Palmerim Santana
Autores:
  • Ryanne Clívia Conceição Monteles
  • Mayra Loreanne Nascimento Corrêa
  • Aldalice Tocantins Correa
  • Vinicius dos Santos Maciel
  • Nely Dayse Santos da Mata
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Masculinidade, por muitos anos, esse termo foi a principal definição do sexo masculino, ligado a construções sociais advindas desde os primeiros modelos de civilizações, sendo fator de influência nos comportamentos e práticas de saúde dos homens. Objetivo: Analisar a influência do conceito de masculinidade na saúde do Homem no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando artigos encontrados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo as bases de dados usadas: MEDLINE, LILACS e BDENF. Os descritores em ciências da saúde (DeCS) empregados foram: Assistência integral à saúde, Homens e Brasil. Os critérios de inclusão foram: artigos completos e gratuitos, estudos qualitativos, em português e que abordassem o tema. O período foi de 2018 a 2022. Foram excluídos textos pagos e incompletos, pesquisas quantitativas, artigos de revisão, relatos de experiência, estudos observacionais, de caso, epidemiológicos e reflexivos. Após a filtragem, foram selecionados 04 artigos dos quais foram coletadas as informações. Resultados: O homem sempre foi considerado um símbolo de força, virilidade e vitalidade, com total aversão a qualquer sinal de fraqueza, categoria essa na qual os cuidados à saúde sempre foram inseridos. Até a década de 80, os principais problemas de saúde do homem eram ligados tanto à saúde da família, pois o homem era considerado o chefe da casa, quanto à saúde do trabalho, pois esse era o sustento da casa. Com a constituição de 1988 e o surgimento do SUS, novos grupos passaram a ser o foco de estratégias do governo, sendo o dos homens uma das adições, culminando na Política Nacional de de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), formalizada em 2009. A política estabelece metas e estratégias de assistência à saúde do homem, combatendo práticas leigas baseadas no machismo e no conceito social de masculinidade, além de implementar serviços de qualidade nos locais de atendimento de saúde. No século XXI, as gerações atuais passaram a ter homens cuidando da saúde desde a infância, sendo isso fruto das estratégias de educação em saúde na comunidade e da mídia com o projeto de homem ideal, uma ideologia que mescla estética e saúde no mundo moderno. Considerações finais: A masculinidade ainda é debatida entre os profissionais de saúde e sociedade em geral, suas influências ultrapassam o limite do individual e atingem a saúde de homens, mulheres e crianças, sendo um processo geracional.