Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE TRANSEXUAIS FEMININAS SOBRE A CIRURGIA DE REDESIGNAÇÃO SEXUAL
Relatoria:
Alessandra Vicente Da Silva
Autores:
- Ana Kelly de Lira Lima
- Eugênia Gabriela Ribeiro de Vasconcelos
- Inêz Maria Tenório
- José Flávio de Lima Castro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Este estudo é uma reflexão sobre a transexualidade, no processo de formação, entendimento e construção da representação social de transexuais acerca da importância da cirurgia de redesignação do sexo nas suas vidas. A transexualidade está vinculada aos aspectos de gênero, especificamente a identidade de gênero, as representações sociais do masculino e feminino que foram construídas em nossa sociedade. Objetivo: compreender a representação social de transexuais femininas sobre a cirurgia de redesignação sexual. Método: estudo qualitativo, pautado nas representações sociais. Participaram do estudo três transexuais femininas que passaram pela cirurgia de neocolpovulvoplastia, a partir do critério de saturação da amostra. Como critério de exclusão foi considerado a recusa e/ou desistência em participar da pesquisa. O estudo foi realizado no Ambulatório de Ginecologia de um hospital-escola terciário de grande porte de Recife-PE. A coleta dos dados se deu a partir da aplicação de entrevista semiestruturada. Estudo aprovado pelo comitê de ética da UFPE com CAAE 0299.0.172.000-08. Resultados: o núcleo de sentido que emergiu das falas das entrevistadas foi além da transgenitalidade. E as representações sociais ocorreram em vários momentos, o primeiro, no processo de mudança de sexo foi representado como um ritual, processo que segue etapas, tais etapas compreendem a admissão, avaliação clínica, laboratorial, acompanhamento com o ginecologista clínico, psiquiatra, psicólogo, urologista clínico para realização da cirurgia de neocolpovulvoplastia após dois anos de acompanhamento; o segundo, no desconforto com o sexo anatômico e o desejo de eliminar os genitais inadequados; o terceiro, como o estágio final de construção do corpo das transexuais com a neovagina. Considerações finais: o processo transexualizador foi representado pelas participantes do estudo como um ritual e pode-se afirmar que todo o processo de dois anos de acompanhamento até a presença definitiva da neovagina é um ritual de passagem, deixando o corpo, e “papel” social masculino para o corpo e “papel” social feminino.