Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA NO CEARÁ DE 2016 A 2023
Relatoria:
Mariana Araujo Rios
Autores:
- Maria Milena Farias de Souza Castro
- Douglas de Araújo Costa
- Isaque Lima de Farias
- Sarah de Sousa Carvalho
- Bruna Barroso Freitas
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A mortalidade materna é uma métrica fundamental para avaliar o estado de saúde geral das mulheres no ciclo gravídico puerperal, no entanto sua precisão é afetada por desafios na identificação precisa de registros de óbitos. Considerando a assistência integral e humanizada com base no conhecimento científico, fica evidente que a enfermagem tem papel fundamental no avanço e na execução da assistência humanizada em obstetrícia. Nesse sentido, a divulgação de dados pode auxiliar no planejamento e implementação de ações de vigilância em saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade materna no Ceará de janeiro de 2016 a abril de 2023 com base nos dados IntegraSUS da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Método: Trata-se de um estudo ecológico descritivo baseado em informações sobre casos de mortalidade materna extraídas do banco de dados do IntegraSUS da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. A população estudada consistiu em todas as notificações de mortalidade materna entre janeiro de 2016 e junho de 2023. Para a análise epidemiológica, os dados foram armazenados na plataforma Google Planilhas e foi realizado o cálculo de frequência relativa para todas as variáveis. Ademais, em virtude dos dados utilizados serem de domínio público, esse estudo dispensa aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram registrados 927 óbitos maternos e 677 mortes por causas obstétricas no Ceará, com uma Razão de Mortalidade Materna (RMM) de 74,12%. Quanto aos óbitos por causas maternas, destaca-se a causa tardia (14,30%). A faixa etária de 20-29 anos destacou-se com 41.86% dos óbitos maternos. Em relação à raça/cor, a parda representou 77,02% de óbitos. Quanto ao estado civil, o “solteiro” representou a maioria dos óbitos maternos com 58,57%. Já em relação ao grau de escolaridade, o grau superior incompleto correspondeu a 39,16% do total de óbitos maternos dentro do período analisado. Conclusão: A maioria das mortes maternas ocorreram, principalmente, devido a causas tardias, em mulheres entre 20 e 29 anos, pardas, residentes do município de Fortaleza, solteiras e com grau de escolaridade ensino superior incompleto. A partir do perfil demonstrado, será possível identificar o público-alvo para políticas de saúde e discutir, de uma forma mais direcionada, a situação da mortalidade materna no Ceará.