Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PREVALÊNCIA DA AMAMENTAÇÃO NO PUERPÉRIO EM MULHERES ADULTAS E ADOLESCENTES
Relatoria:
JOYCE WADNA RODRIGUES DE SOUZA
Autores:
- Saionara Maria Aires da Câmara
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Mundialmente, as taxas relacionadas ao aleitamento materno (AM) estão abaixo das metas estimadas para proteção à saúde de mulheres e crianças. O puerpério, até 45 dias pós-parto, é um período determinante para o prolongamento da amamentação. Nesse aspecto, fatores determinantes associados aos diferentes contextos sociais e culturais podem influenciar a prática do AM. O presente estudo objetiva avaliar a prevalência e comparar a amamentação durante o período puerperal entre adultas e adolescentes primíparas. Método: Trata-se de um estudo transversal, que utilizou dados de 86 participantes (42 adolescentes de 13-18 anos; 44 adultas 23-28 anos) do Projeto AMOR (Adolescence and Motherhood Research) realizado na região do Trairi, Rio Grande do Norte. As participantes foram avaliadas entre 4-6 semanas pós-parto quanto a terem amamentando pelo menos alguma vez, se ainda estavam amamentando, e se o bebê estava sendo alimentado somente pelo leite materno. Os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney, teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher, sendo considerado p<0,05. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (CEP-FACISA) com parecer nº 2.628.406. Resultados: Não houve associação entre média de idade e aquelas mulheres que teriam amamentando alguma vez sua criança (P =0,145); aquelas que estavam amamentando (P =0,923); e se as que estavam amamentando exclusivamente (P =0,616). Ao analisar a associação entre mulheres que continuavam amamentando no momento da avaliação e a prevalência do AME, percebeu-se que 18,4% mulheres adolescentes e 23,4% das adultas que continuavam amamentando, não estavam fazendo de maneira exclusiva. Ao analisar a prevalência do AM no momento da pesquisa: 95,2% das adolescentes e 100% das adultas tinham amamentado pelo menos uma vez; 95% das adolescentes e 95,5% das adultas estavam amamentando; das quais 77,5% adolescentes e 72,7% adultas estavam em AME. Discussão: Os dados desse estudo corroboram com inquérito populacional de base domiciliar realizado no Brasil (ENANI-2019), no que concerne a prevalência de crianças menores de 2 anos alguma vez amamentadas, a qual foi de 96,2%. Conclusão: Para o aprimoramento e inovação da atuação da enfermagem, faz-se necessário identificar a relação entre prevalência do AM e outros fatores determinantes, como fatores psicosocioemocionais.