Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
NEGACIONISMO CIENTÍFICO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
Relatoria:
Laila Ingrid Araújo Fernandes
Autores:
- Thaiane Beatriz dos Santos Fontes
- Antônia Bruna Pinheiro da Silva
- Raíres Lauane de Lima Bezerra
- José Victor do Nascimento Souza
- Janieiry Lima de Araújo
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A ciência é o conjunto de ações racionais realizadas de maneira sistematizada e passível de verificação possuindo objetivo bem delimitado. É através dela que procuramos entender a nossa própria natureza, proporcionando contribuições em diversos âmbitos da sociedade e buscando a melhoria da qualidade de vida humana. O termo Negacionismo Científico ou Histórico é caracterizado como a negação da cientificidade, não reconhecendo informações ou elementos cientificamente comprovados. Essa corrente de pensamento desconsidera os princípios éticos/bioéticos, utilizados nos estudos com fundamentação científica. As ciências da saúde têm sido afetadas pelo questionamento de princípios já concretizados, pondo em risco a vida da população tornando-se um problema de saúde pública evidenciado pela pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo de caráter teórico-reflexivo que objetiva refletir sobre o retrocesso ocasionado pelo avanço do Negacionismo Científico no atual contexto social, evidenciado pelo cenário pandêmico vivenciado. O conservadorismo tem se tornado crescente em todo o mundo, tendo grande influência na alimentação do negacionismo, uma vez que sua atuação não é contrária somente aos aspectos ligados à família ou religião, mas às inovações científicas e ideais progressistas. Assim, seu posicionamento contribui para a manutenção em oposição à ciência, políticas públicas e sociais, visando manipular a opinião dos cidadãos e estabelecer estratégias de rejeição ou enfrentamento a quaisquer tipos de mudanças, principalmente relacionados à cientificidade. No Brasil, durante a pandemia da COVID-19, além do crescimento conservadorista e negacionista, o presidente em exercício contrariava as recomendações da Organização Mundial de Saúde, desestimulando o uso de equipamentos de proteção, distanciamento social e incentivando o uso de medicações que não possuem comprovação científica. Ademais, o movimento antivacina ganhou força e a propagação de informações falsas foi intensificada com o uso das redes sociais, contribuído para o aumento de mortes pela COVID-19. Nesse sentido, nota-se a necessidade de comunicação entre comunidade científica e população civil, ressaltando as influências negativas da crença negacionista aos indivíduos, retrocedendo os avanços científicos. Para tanto, tem-se a Educação Popular em Saúde como ferramenta fundamental no combate a desinformação gerada, cabendo aos profissionais de Saúde a mediação entre o conhecimento científico e a população.