Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRESSE PERCEBIDO E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE
Relatoria:
Mariana Luiza de Acioly Rodrigues
Autores:
- Beatriz Rodrigues da Silva
- Nayhara Rayanna Gomes da Silva
- Gabrielle Pessôa da Silva
- Francisca Márcia Pereira Linhares
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica, caracterizada por níveis pressóricos elevados persistentes, tendo diversos fatores provocadores como características individuais não modificáveis e fatores modificáveis como o consumo nocivo de álcool, tabagismo, hipercolesterolemia, obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares e estresse. Atenção deve ser dada às mulheres privadas de liberdade (MPL), visto que o ambiente em que vivem é considerado desumano e influencia na saúde cardiovascular. OBJETIVO: Analisar a associação entre o nível de estresse percebido e a HAS em MPL. METODOLOGIA: Pesquisa quantitativa, exploratória, transversal, realizada com 50 MPL na Colônia Penal Feminina do Recife. O instrumento de coleta de dados possui duas partes: 1) dados sociodemográficos e clínicos e 2) Escala de Estresse Percebido em sua versão reduzida (PSS-10). Após entrevista, cada MPL teve sua pressão arterial (PA) aferida em dois dias diferentes. A análise dos dados foi realizada através do cálculo das frequências relativas e absolutas das variáveis categóricas e cálculo de média, mediana e desvio-padrão para as variáveis numéricas. RESULTADOS: As MPL, em sua maioria, são pardas (54%), solteiras (80%), inativas (60%), com renda familiar menor do que um salário mínimo (52%) e evangélicas (50%). O tempo médio de reclusão é de 22 meses, com idade aproximada de 33 anos e 10 anos de estudo. Foi verificado um alto número de MPL que não conhece os fatores de risco da HAS (98%), não realiza atividade física (96%), com excesso de peso corporal (80%), alimentação hipercalórica (50%), alimentação hipersódica (58%), tabagismo (64%), ansiedade (76%), estresse (80%), uso nocivo de substâncias ilícitas (54%) uso nocivo de álcool (4%), insônia (60%), dislipidemia (12%), síndrome metabólica (8%), diabetes (12%), transtorno de estresse pós-traumático (4%), doença cardiovascular (34%), histórico familiar de HAS (54%), vulnerabilidade social (100%) e PA alterada (20%). Para o estresse percebido, obteve-se uma média de 23,86 para esse item, valor de escore de estresse considerado acima da população em geral (média de 20). Em relação aos valores de PA aferidos, foi obtida a média da pressão sistólica de 108,75 e da diastólica de 72,92. CONCLUSÃO: A partir desse estudo é possível identificar carência de atenção a saúde das MPL, principalmente da saúde mental. É fundamental a implementação de atividades integrativas que auxiliem na qualidade de vida dessas MPL.