Os enfermeiros responsáveis pelo paciente em morte encefálica possuem o papel de monitorá-lo hemodinamicamente, de forma a manter a estabilidade fisiológica destes. Estes cuidados exigem dos enfermeiros demanda física e mental maior que outros pacientes internados na UTI. Visto que, esse manejo é fundamental no processo de doação, já que 20% dos órgãos destes potenciais doadores são perdidos devido à instabilidade hemodinâmica. O estudo objetiva descrever, por meio de uma revisão integrativa, as principais dificuldades enfrentadas pela enfermagem durante a realização da Monitorização Hemodinâmica em pacientes potenciais doadores em morte encefálica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando os periódicos nas bases de dados: Pubmed, Lilacs, Scielo, Cochrane e BVS, acessadas pelo portal de periódicos da CAPES, usando os descritores: Cuidados de Enfermagem; Monitorização Hemodinâmica; Morte Encefálica; Doadores de Tecidos e seus correspondentes do MESH e o booleano AND. Incluíram-se os artigos publicados nos últimos 5 anos (até dezembro de 2022), nos idiomas inglês, português e espanhol. Excluíram-se os protocolos de ensaios clínicos e editoriais. As buscas iniciais resultaram em 1.134 artigos, após a leitura de títulos e resumos 32 foram selecionados para leitura na íntegra, e 7 compuseram a amostra. As dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem, que comprometem e/ou dificultam o processo de monitorização hemodinâmica de pacientes potenciais doadores em morte encefálica, são: déficit no conhecimento sobre a suspeita e diagnóstico de morte encefálica; questões pessoais do profissional; escassez de treinamentos e capacitações abordando a assistência desses pacientes; falta de profissionais qualificados; carência de produções científicas que abordem os aspectos de atuação do profissional de enfermagem nesse contexto; dimensionamento profissional insuficiente; aumento da carga emocional e física da equipe de enfermagem e déficit na logística de recursos e equipamentos necessários à realização da monitorização hemodinâmica. Nota-se que as diversas dificuldades enfrentadas pela enfermagem durante a monitorização hemodinâmica se relacionam às necessidades de conhecimento técnico-científico dos profissionais e às questões gerenciais hospitalares.