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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
COMPORTAMENTO SEXUAL DE HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS EM UMA METRÓPOLE AMAZÔNICA
Relatoria:
Valéria Gabriele Caldas Nascimento
Autores:
  • LUCAS BITTENCOURT DANTAS
  • PAULA REGINA BARBOSA DE ALMEIDA
  • PEDRO VITOR ROCHA VILA NOVA
  • SIMONE DA SILVA GOES
  • GLENDA ROBERTA OLIVEIRA NAIFF FERREIRA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A população de Homens que fazem Sexo com Homens (HSH), estão entre as populações de maior vulnerabilidade para infecções sexualmente transmissíveis (IST). Dessa forma, é imprescindível conhecer o comportamento sexual desse público para formulação de estratégias de prevenção. Objetivo: Analisar o perfil do comportamento sexual de HSH da região metropolitana de Belém. Método: Estudo quantitativo observacional, transversal, descritivo-exploratório. Realizado com homens (cisgênero e transgênero) e não binários, com idade igual ou superior a 18 anos e com parceria sexual com homens, na região metropolitana de Belém. Empregado formulário de questões objetivas sobre o comportamento sexual dos participantes em ações de saúde. O estudo pertence ao projeto “Prevalência e incidência de ISTs em mulheres profissionais do sexo, HSH e mulheres transgênero dos Estados do Pará e Roraima, região Norte do Brasil”. As coletas iniciaram em fevereiro de 2022 e os dados foram organizados em planilhas no programa Microsoft Office Excel®, avaliando as frequências absoluta e relativa. O estudo atendeu às normas de éticas, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Pará, parecer 5.388.975. Resultados: A amostra envolveu 140 participantes que faziam parte do grupo LGBTQIAPN+, logo homossexuais, bissexuais, homens transsexuais, pansesuxais e não binários. Dentre os participantes da pesquisa, 86,4% eram homens cisgêneros, 7,85% não binários, 2,14% homens transgênero e 3,5% não responderam. Em relação à parceria sexual fixa nos últimos 6 meses, 42,96% declararam ter parceria sexual fixa. Para esses, apenas 27,58% confirmaram que utilizam preservativo em todas as relações sexuais. Todavia, 72,41% afirmaram não utilizarem ou ocasionalmente utilizam o método de barreira. Quanto ao número de parcerias sexuais, 36,29% afirmaram ter 3 a 5 parceiros sexuais e 11,85% mais de 8. Destes, apenas 37,03% utilizam ocasionalmente o preservativo e 11,11% não usam. 88,8% dos participantes negaram trocar dinheiro por sexo e 62,22% já utilizou aplicativos de relacionamento para marcar encontros casuais. Considerações Finais: Nesse sentido, apesar da distribuição gratuita de preservativos, ainda é expressivo o número de HSH que estão envolvidos com práticas sexuais desprotegidas. Ratifica-se, portanto, a necessidade de afirmação de políticas de saúde objetivando promover a saúde e prevenir agravos decorrentes de ISTs.