Entende-se que os profissionais da enfermagem estão constantemente lidando com situações que envolvem violência, onde espera-se que tenham todo o aporte técnico e científico para dispor de pensamento crítico e uma assistência em enfermagem humanizada. Entretanto, alguns enfermeiros não se sentem preparados para prestar assistência a pessoas em situação de violência, onde desconhecem a violência e seus instrumentos para atuar diante da ocorrência. Para isso, é notória a demanda da temática violência na formação de futuros enfermeiros, para que posteriormente adicione à sua formação, a fim de proporcionar o acolhimento e assistência de enfermagem apropriados às pessoas em situação de violência. Objetivou-se analisar o ensino da temática violência nos cursos de graduação em enfermagem de Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil. Trata-se de uma pesquisa descritiva, documental de análise qualitativa, construída entre abril a julho de 2022, com base no levantamento de Instituições de Ensino Superior públicas com o curso de bacharel em Enfermagem no Brasil, por meio do site E-mec. Foram examinadas ementas disponíveis on-line que portavam o termo “violência”. Posteriormente, para o processamento dos dados, utilizou-se o software IraMuTeQ, por meio do método de Classificação Hierárquica Descendente (CHD). De acordo com os achados, foram encontradas 116 instituições credenciadas no E-mec, com o curso de enfermagem, destas, apenas 73 disciplinas com ementas disponíveis online, onde apenas 43 abordaram a temática violência. A análise revelou um aproveitamento de 84,30%, viabilizando a formação de cinco classes que insinuam a forma que o assunto é ensinado nos cursos de graduação. Assim, a educação sobre a temática proposta está ligada predominantemente ao público feminino, sendo a assistência de enfermagem voltada à solução de problemas advindos da violência.