Os eventos adversos relacionados à identificação do paciente representam o fruto da descontinuidade de boas práticas de segurança do paciente. Nesse sentido, enfatizar a necessidade do uso correto dos recursos de identificação no ambiente hospitalar é de extrema relevância. Logo, o presente estudo objetivou relatar a experiência de uma ação educativa realizada em um Complexo Hospitalar da rede privada de Natal/Rio Grande do Norte com o intuito de fomentar o conhecimento sobre as práticas seguras para a identificação correta do paciente. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Em alusão à tradição junina nordestina, o Núcleo de Segurança do Paciente no mês de junho de 2023 promoveu a ação “Pescaria da Identificação”, voltada para os profissionais de enfermagem nos diversos setores de assistência, uma vez que existem fragilidades que dificultam a implementação do protocolo instituído de identificação correta do paciente. A atividade foi realizada de modo itinerário sendo pautada no diálogo participativo, mediante perguntas e respostas, fazendo uso de recursos visuais como facilitadores do processo de aprendizagem, com breve momento para discussão da temática. Confeccionou-se um cenário de pescaria, alusivo à tradição junina, uma plataforma com peixes de papel, os quais no verso continham perguntas anexas à eles. As perguntas eram referentes ao conteúdo do Protocolo de Identificação do Paciente, instituído no hospital, abordando questões como a localização da pulseira, quais os dados que precisam estar presentes na mesma, o fluxograma de troca de membro. Com a finalidade de analisar se os profissionais possuíam familiaridade com a temática, inteirar a equipe em relação as informações corretas, e entender as fragilidades acerca da temática. Após a discussão em grupo, premiou-se a equipe com doce típico junino. Assim, possibilitou uma interação, em grande parte, positiva com o público alvo por meio da ludicidade e recursos visuais, que podem ter contribuído no entendimento da relevância de se aplicar as orientações do protocolo por parte dos profissionais de saúde. No que se refere às limitações, destacam-se a demanda no serviço, equipe reduzida, fadiga e desinteresse. A realização dessa ação permitiu apresentar à equipe de enfermagem a importância das práticas seguras para identificação correta do paciente, durante todo o período de internação, de forma que os usuários recebam um cuidado seguro em todas as etapas da assistência.