Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTÍMO ANTES E NO DECORRER DA PANDEMIA DE COVID 19
Relatoria:
Sheila Cristina Rocha Brischiliari
Autores:
- Rebeca Simionato Kirienco
- Bruna Caroline Cassiano da Silva
- Marieta Fernandes Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência por parceiro íntimo (VPI) está a cada dia está mais presente na sociedade. Apesar da introdução de leis que minimizem essa problemática, ainda se torna preocupante por ter característica velada. Objetivo: Levantar a ocorrência de violência por parceiro íntimo antes e durante a pandemia de covid-19. Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo transversal em mulheres usuárias das Unidades Básicas de Saúde (UBS) no município de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. Os dados foram obtidos por instrumento da World Health Organization Violence Against Women (WHO VAW) sobre violência psicológica, física e sexual por parceiros íntimos contra mulheres validado no Brasil por Schraiber et al. (2010), além de coleta de dados de variáveis sociodemográficas das mulheres. Foi respeitado o distanciamento e com medidas adequadas estipuladas pela Organização Mundial da Saúde contra a transmissão da covid19. Resultados: Foram entrevistadas 242 mulheres, sendo que 52,1% (n=126) eram casadas, 64,0% (n=155) tinham entre 18 e 40 anos, 55,8% escolaridade de 12 anos ou mais, exatamente a metade das participantes era da raça branca, 59,9% (n=145) tinham trabalho formal, 82,2% renda de 4 salários-mínimos ou mais. Mais da metade das entrevistadas, 66,1% (n=160), não recebem auxílio governamental, 86,8% (n=210) até 3 filhos. Houve aumento dos três tipos de violência doméstica no decorrer da pandemia: antes da pandemia, 36,4% das mulheres sofreram violência psicológica, 31,8% física e 30,2% sexual e, já após a pandemia, 42,1% sofreram violência psicológica, 36,0% das mulheres passaram por violência física e 32,4% passaram por violência sexual. Considerações finais: A pandemia propiciou um discreto aumento dos casos de violência por parceiro íntimo entre as mulheres que frequentam a atenção primária em saúde. É importante entender melhor como abordar a VPI na atenção primária, para que planos estratégicos mais robustos possam ser desenvolvidos. Existe a necessidade de fortalecer a capacitação dos profissionais de saúde para prevenir e reconhecer a violência contra a mulher em ambientes de saúde.