Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E/OU AUTOPROVOCADA CONTRA MULHERES PIAUENSES
Relatoria:
Maria Bianca Pereira Freitas
Autores:
- Ivana Mayra da Silva Lira
- Sabrina Beatriz Mendes Nery
- Iara Regina Silva Pinto
- Bruna de Sousa Pereira
- Vinicius Oliveira Almeida
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência configura-se como uma problemática comum à todas as comunidades humanas. Nas últimas décadas, constatou-se um aumento significativo entre os variados tipos de violência, particularmente contra a mulher. Por consequência, o público feminino apresenta maior risco para diversos agravos à saúde física e mental, além do trauma físico direto. Deste modo, a violência contra mulheres tornou-se uma questão relevante na contemporaneidade, permeando diferentes segmentos socioeconômicos, culturais, éticos e morais. Objetivos: Caracterizar os casos de violência interpessoal e/ou autoprovocada contra mulheres residentes no estado do Piauí, entre os anos de 2018 e 2022. Metodologia: Estudo com delineamento descritivo, epidemiológico, transversal, de abordagem quantitativa. A coleta ocorreu através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN, entre os meses de julho e agosto de 2023. As variáveis foram divididas segundo características individuais e aspectos da violência. Quanto às individuais, contemplou-se: faixas etárias e cor/raça. Quanto aos aspectos da violência, avaliou-se: tipologia, ano, município e local de ocorrência. Ademais, avaliou-se ciclo de vida do agressor e vínculo entre vítima/autor. Por trata-se de dados secundários, de domínio público, há dispensa de submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa- CEP. Resultados: No período analisado, 11. 211 casos de violência interpessoal e/ou autoprovocada foram notificados. Os resultados referentes à características individuais demonstram predomínio de vítimas com idade entre 20 e 29 anos (3.087- 27,53%) e pardas (6.719- 59,94%). Os aspectos da violência demonstram maior número de notificações no ano de 2022, em ambientes domésticos (7.386- 65,89%), nos municípios de Teresina e Parnaíba. No que tange a tipologia, a violência física (5.312- 47,38%) apresentou maior notificação, seguida da autoprovocada (4.630- 41,29%). Em maioria, o ciclo de vida do agressor foi ignorado. Contudo há prevalência de adultos (1.745- 15,56%) e adolescentes (945- 8,42%), com vínculo próximo: amigos/conhecidos- (1.295- 11,55%) e cônjuges (1.171- 10,44%). Considerações finais: Na perspectiva da atenção integral à saúde feminina, o controle epidemiológico é um válido instrumento par maior visibilidade da problemática; além de fomentar a elaboração de políticas de prevenção. Logo, torna-se fundamental conhecer o perfil das vítimas de violência e instituir respostas efetivas de atenção e cuidado às mulheres.