Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DA SÍFILIS NA GESTAÇÃO E CONGÊNITA NO RIO GRANDE DO NORTE
Relatoria:
Ingrid Azevedo dos Santos
Autores:
- Raphaela Cordeiro de Lemos
- Kalina Coeli Costa de Oliveira Dias
- Nathalia Costa Gonzaga Saraiva
- Caroline Evelin Nascimento Kluczynik
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sífilis é uma doença tratável e curável, causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida por via sexual e vertical. O diagnóstico é rápido e de fácil acesso por exame sorológico a ser realizado nos 1º e 3º trimestres da gestação e no momento do parto. O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, capaz de atravessar a barreira placentária. As consequências da sífilis materna sem tratamento incluem abortamento, natimortalidade, nascimento prematuro e Sífilis Congênita. Objetivo: Analisar os dados epidemiológicos da sífilis na gestação e congênita no Rio Grande do Norte. Metodologia: Estudo transversal, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e boletins epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde. Realizou-se uma busca, durante o mês de Agosto de 2023, dos dados do período de 2011 a 2021, por não haver dados de 2022. Resultados e discussão: Segundo o Boletim Epidemiológico do Estado, de 2011 a 2021, no Rio Grande do Norte, foram notificados 5.572 casos de sífilis em gestantes, com aumento de 3,9 para 27 casos por mil nascidos vivos, e 4.729 casos de sífilis congênita, mostrando um aumento de 5,2 para 14 casos por mil nascidos vivos. Além disso, ocorreram 40 óbitos por sífilis em crianças menores de 1 ano. No que diz respeito ao enfrentamento dessa doença, as principais dificuldades encontradas são a baixa qualidade na assistência ao pré-natal, o tratamento inadequado em casos diagnosticados e a subnotificação dos dados. A Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada preferencial para promover a assistência no que diz respeito à prevenção, diagnóstico e tratamento, responsável pelas consultas e testes rápidos, administração do antibiótico e acompanhamento da gestante, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Além disso, é importante a participação do parceiro sexual nas consultas de pré-natal para, junto à grávida, realizar exames, receber orientações e tratamento adequado quando necessário. Conclusão: Apesar dos avanços nas medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento, o Rio Grande do Norte ainda apresenta crescimento na taxa de incidência de sífilis gestacional e congênita. Portanto, torna-se indispensável o fortalecimento das ações vinculadas ao pré-natal de qualidade, a fim de refletir no diagnóstico precoce da sífilis, tratamento adequado das gestantes e dos parceiros sexuais, para evitar a transmissão.